Publicada em 15/10/2025 às 14h45
O senador Marcos Rogério (PL-RO) criticou a operação deflagrada contra o garimpo ilegal no leito do Rio Madeira, no Amazonas. Em post, ele afirmou: “O que vimos no Rio Madeira foi um atentado contra pessoas, contra a fé e contra o meio ambiente. Isso não é combate ao crime, é crime de Estado. O governo usa a Amazônia como vitrine para a COP30, mas o que mostra ao mundo é a imagem da ilegalidade e do desrespeito.” A manifestação ocorreu após a Polícia Federal concluir, em 24 de setembro de 2025, a Operação Boiúna, iniciada no dia 10 do mesmo mês.
De acordo com os dados oficiais da ação, 277 dragas utilizadas na extração ilegal de ouro foram destruídas ao longo do Rio Madeira. Isto entre os municípios de Humaitá e Manicoré, no Amazonas, e em Rondônia. Laudos periciais apontaram prejuízo patrimonial direto de R$ 38 milhões às estruturas do garimpo. Considerando levantamentos técnicos, perícias criminais e cálculos de impacto econômico e ambiental, a PF consolidou impacto de R$ 1.086.274.933,20 ao crime organizado, somando a destruição de equipamentos, o valor do ouro extraído de forma ilegal nos últimos sete meses, danos socioambientais acumulados e lucros cessantes decorrentes da interrupção das atividades.
A operação foi coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI) e contou com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Federal, do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público do Trabalho e do Censipam. Além das ações repressivas, houve etapas voltadas a medidas sociais e ambientais: em 18 de setembro, equipes estiveram na comunidade ribeirinha de Democracia, no município de Manicoré (AM), para coleta de amostras de cabelo, água e material biológico, com o objetivo de analisar a exposição ao mercúrio.
O contexto monitorado pelos órgãos inclui, segundo levantamento recente, a presença de mais de 500 balsas de garimpo ilegal operando no Rio Madeira, inclusive próximas a unidades de conservação e terras indígenas. A região vem sendo mapeada pela PF também com o uso de drones, como parte das ações de inteligência e fiscalização na bacia.
A publicação do senador incorporou críticas ao enquadramento da ofensiva no ambiente internacional da COP30, enquanto os números da Operação Boiúna detalham o balanço operacional, as estimativas econômicas e os procedimentos ambientais adotados ao longo dos 15 dias de atividade.



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