Preocupação com violência nas eleições no 2º turno, Rocha e Rogério têm duas semanas para convencer o eleitorado, quem governará Rondônia em 2023?

Eleições – Rondônia, a exemplo de mais onze Estados da Federação terá eleições a governador em segundo turno no próximo dia 30. A escolha do presidente da República também ocorrerá no mesmo dia e, em Vilhena, o eleitor também irá eleger o novo prefeito e vice, pois os eleitos em 2020, Eduardo Japonês e a vice, Patrícia da Glória, os dois do PV, foram cassados, após acusação de crime eleitoral. Se a baixaria nas redes sociais já foi grande no primeiro turno, envolvendo Lula e Bolsonaro, do PT e PL, respectivamente, a expectativa é que será, ainda, mais agressiva com a proximidade das eleições em segundo turno, daqui a 16 dias. Já é possível notar a elevação do tom das postagens com acusações pesadas entre simpatizantes de Lula e Bolsonaro. Ruim para a democracia. 

Democracia – E muito difícil o exercício da democracia em um País onde os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) não se conscientizam de a responsabilidade constitucional de cada um devido a ingerências e omissões, que são preocupantes, pois há perspectiva de um final animador, positivo. O governo federal não consegue cumprir sua função de executar, o legislativo não legisla e o judiciário, na sua corte maior (STF) “administra” com seguidas canetadas deixando sua função de guardião da Constituição para ser um algoz da Lei maior do País. A situação de instabilidade democrática preocupa, porque as redes sociais, que hoje dominam a maior parte de a opinião pública, mesmo com a maioria do conteúdo sendo de inverdades poderão levar o País ao caos. Além de a “grande imprensa”, que não reporta a informação, mas a comenta de acordo com a conveniência de cada órgão. Quem viver verá...  

Governador – Em Rondônia a sucessão estadual mobiliza o eleitorado e as lideranças políticas. No primeiro turno a vitória de Marcos Rocha (UB), atual governador, que concorre à reeleição, por uma diferença inferior a 2% dos votos válidos, do segundo colocado, senador Marcos Rogério (PL), demonstrou que a disputa será das mais equilibradas no segundo turno. E realmente é isso que está se notando nas movimentações públicas na capital e no interior. Pesquisa para o segundo turno publicada na semana anterior apresentou empate técnico entre os candidatos, mas com Rogério na frente. Como não temos terceiro turno, se as eleições fossem na última semana, conforme a pesquisa divulgada, o novo governador seria Marcos Rogério. Mas temos mais de duas semanas de campanha.  

Governador II – A vitória nas eleições a governador em segundo turno em Rondônia depende muito da atuação dos dois candidatos em suas aparições públicas (debates no rádio e TV, entrevistas, inclusive em sites eletrônicos e o desempenho nas redes sociais). A equipe de Rocha tem que ter competência para mostrar o que o governo tem de positivo, de forma objetiva, e as propostas para um novo governo. Já a assessoria de Rogério terá mais dificuldades, pois senador não executa. O Senado é uma câmara revisora. Isto é, tem o trabalho de revisar as leis que foram aprovados pela Câmara dos Deputados a fim de se certificar, que de fato são de interesse da maioria e que trarão benefícios em vez de desvantagem ao País ou se apresentam algum erro de procedimento legislativo inviabilizando-o de receber aprovação por órgãos da esfera judiciária, como o Supremo tribunal Federal (STF), por exemplo. Missão muito mais difícil de repassar aos eleitores.  

Governador III – Além das atribuições de um senador, já citadas, a equipe de Marcos Rogério terá que apresentar projetos adequados à realidade de Rondônia, viáveis e, o mais importante, como garantir recursos, meios e formas de materializá-los. Se Rogério tem muitas dificuldades para repassar seu Plano de Governo, o que é normal a quem não está no poder, também tem a facilidade de cobrar de Rocha, o que não fez e deveria ter feito, além de encontrar os defeitos no que foi e está sendo executado. Se Rocha tem o telhado de vidro, porque está no poder, e criticar, apontar defeitos são bem mais fáceis que mostrar o que foi feito, Rogério tem que provar, que o seu projeto é superior ao de Rocha, aplicável e que vá de encontro as necessidades de a população de Rondônia. Quem tiver mais competência e conseguir sensibilizar a maioria do eleitorado governará o Estado a partir de janeiro do próximo ano.  

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