Publicada em 08/12/2025 às 09h23
O nome de Flávio Bolsonaro não empolgou a militância bolsonarista para suceder o capitão na corrida presidencial
CARO LEITOR, o final de semana foi movimentado nas redes sociais e no meio político com a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) definiu o filho zero um como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. Mas a pergunta é: por que Flávio? Por conta da repercussão do posicionamento político da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL-DF) no Ceará, envolvendo a aproximação do deputado federal André Fernandes (PL-CE), em especial, o PL cearense com a pré-candidatura de Ciro Gomes (PSDB-CE) ao governo do Ceará. Em face disso, o nome de Flávio nasce de uma crise interna no clã Bolsonaro, disputa de símbolos e dos filhos do ex-presidente Bolsonaro com medo de que a base bolsonarista se apaixone por outro nome, ou seja, a madrasta Michelle. O movimento de Michele demonstrou personalidade própria, altivez e agradou à base da extrema-direita e provocou encantos nos eleitores da direita e centro-direita. A escolha de Flávio é razão, já Michelle seria uma escolha emocional e eleição se ganha com emoção. Por sua vez, o nome de Flávio Bolsonaro não empolgou a militância bolsonarista para suceder o capitão na corrida presidencial.
Jogo
Quem ganhou no jogo emocional dessa disputa interna do clã Bolsonaro e do PL foi a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL-DF). Ela fala de fé, família e proteção. Além disso, é vista como mãe, autêntica, perseguida e guardiã de valores cristãos. Em face disso, conecta-se diretamente com eleitores da extrema-direita.
Emocional
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é emocional como a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL-DF). Ele é moderado, conciliador, confortável para os partidos e previsível para o sistema. Neste caso, ele carrega um perfil que reduz ameaças externas e mantém a base emocional interna controlada.
Estratégia
A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República é uma estratégia do clã Bolsonaro para não perder a sua base para outros nomes das forças políticas conservadoras do país, a exemplo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Negociar
Dois dias de pré-candidatura à Presidência da República, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já correu para negociar apoio como se fosse mercadoria e abrir para quem pagar o preço. Neste caso, Flávio mostrou não possuir projeto para o país, bem como proposta e firmeza na pretensão de conduzir o destino dos brasileiros.
Aguarda
O vice-presidente estadual do PL, agropecuarista Bruno Scheid (PL-Ji-Paraná), aguarda decisão do ministro Alexandre de Moraes do STF para visitar ainda essa semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (P-RJ) na carceragem da Polícia Federal na capital federal.
Acirradíssima
A disputa para uma vaga ao Senado está acirradíssima para o próximo ano. Contudo, todos os candidatos não observam uma variável: a vitória passa pelos votos dos evangélicos neopentecostais. Neste caso, quem entra bem nesse segmento é o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho).
Comando
Falando em vitória, o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) lidera todas as pesquisas de intenção de voto para governador e senador, porém, lhe falta o principal para empinar uma candidatura majoritária: o comando partidário de uma legenda.
Chances
Analisando com profundidade os dados das últimas pesquisas de opinião de voto para as duas vagas ao Senado realizadas pela Perfil de Gesson Magalhães e Previsão de Sebastião Valle, o crescimento exponencial do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) diminui as chances de vitória do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) e da ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil-Porto Velho) na corrida ao Senado.
Favorece
Por que o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho), como candidato a senador, diminuiu as chances de vitória do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) e da ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil-Porto Velho)? Porque os três candidatos disputam votos no mesmo território eleitoral, ou seja, Porto Velho. Desse modo, favorece os candidatos a senadores do interior.
Diminui
A candidatura ao Senado do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) também diminui as chances de vitória do senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), que buscará a reeleição nas eleições do próximo ano. Confúcio sempre contou com Porto Velho para ganhar pleitos eleitorais majoritários e Máximo poderá atrapalhar a sua pretensão de permanecer no Senado.
Coração
O governo do Coronel Marcos Rocha é uma mãe generosa. Um certo presidente de uma autarquia comprou uma fazenda e uma carreta bitrem para puxar calcário. O homem é esperto e se finge de coitadinho, mas por trás da sua simplicidade, existe um espertalhão.
Homenagem
O deputado estadual Eyder Brasil (PL-Porto Velho) homenageia, em Sessão Solene na manhã de hoje (08) no Plenário da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, em reconhecimento à importância da entidade e dos profissionais regulados pela entidade no desenvolvimento de Rondônia.
Futuro
A coluna, em contato com o ex-deputado estadual Valter Araújo, perguntou qual seria o seu futuro político. Ele prontamente respondeu: continuar trabalhando na obra de Deus e cuidando da minha família. Valter foi um grande parlamentar na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO) e, no jogo do poder, ficou embevecido. Daí foi testado e caiu, porém, nunca é tarde para ter uma segunda e terceira chance na vida.
Camurça I
Falando em chance, a coluna entrou em contato com o ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça (PSDB-Porto Velho) depois que foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) pela acusação de estupro de vulnerável. Carlinhos estava aliviado e disse que foi vítima de uma indústria de extorsão que se criou com o artigo 217-A do Código Penal.
Camurça II
A decisão que absolveu o ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça (PSDB-Porto Velho) foi da 1ª Câmara Criminal do TJRO. A Câmara reformou a condenação de primeiro grau e reconheceu, com base no artigo 386, inciso II, do Código de Processo Penal, que não há prova da existência do fato nos termos narrados na denúncia.
Camurça III
Leitores da presente coluna ficaram contrariados porque não exploramos o fato do ex-prefeito de Porto Velho, Carlinhos Camurça (PSDB-Porto Velho). Inclusive, pedi parcimônia e para aguardar o desfecho final da justiça. Não demorou muito, veio o desfecho com a verdade dos fatos. Por sua vez, tenho conhecimento de que o artigo 217-A virou uma indústria de chantagem, extorsão e de assassinato de reputação.
Solidão
O ex-prefeito da capital, Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho), continua se movimentando nos bastidores para construir a nominata de deputado federal da legenda tucana. Hildon tem dois horizontes: disputar uma cadeira na Câmara de Deputados e, caso consiga sair do labirinto da solidão, o governo do estado.
Legenda
Para construir a nominata de deputado federal tucana, o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) conversou com o deputado federal Thiago Flores (Republicanos-Ariquemes), o ex-prefeito de Porto Velho Dr. Mauro Nazif (sem partido), o ex-deputado federal Natan Donadon (sem partido) e a ex-deputada federal Jaqueline Cassol (sem partido).
Peregrinação
O ex-prefeito da capital, Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho), passará o Natal no Rio de Janeiro e o réveillon nos EUA com os filhos. No seu retorno na segunda quinzena de janeiro, Hildon fará uma peregrinação pelo estado concedendo entrevistas e contactando lideranças para persuadir ao projeto de fortalecimento da legenda tucana no intuito de alçar voos mais altos nas eleições de 2026.
Entregar
Falando em peregrinação, o deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil-Porto Velho) esteve em Vilhena no sábado (06) para entregar emendas parlamentares da sua irmã, a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil-Porto Velho). Maurício foi recebido pelo prefeito Flori Cordeiro (Podemos-Vilhena).
Impactado
O deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil-Porto Velho) ficou impactado pela transformação que Vilhena está passando com o modelo de gestão implementado pelo prefeito Flori Cordeiro (Podemos-Porto Velho) com base na austeridade. O município com as contas no azul realiza obras, paga o salário dos servidores e os fornecedores em dia.
Gestão
Falando em Vilhena, o prefeito Flori Cordeiro (Podemos-Vilhena) realizou no sábado (06), a entrega do ônibus executivo para realizar o transporte de pacientes com câncer que realizam tratamento no Hospital do Amor. Flori fez a entrega no primeiro ano de gestão, diferentemente do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal), que fez a mesma entrega no quarto ano de gestão.
Sério
Falando sério, quando um campo político é refém de um único líder e esse escolhe alguém por sobrevivência interna sem considerar as emoções da base eleitoral, abrem-se brechas para governadores e senadores ganharem espaços, surgirem outsiders e ganhar protagonismo, além de possibilitar a fragmentação da base eleitoral. Contudo, faz-se necessário lembrar que a sucessão de um líder não é racional e institucional, mas deve ser simbólica e emocional.



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