Publicada em 08/12/2025 às 16h19
PORTO VELHO (RO) - O deputado federal Lúcio Mosquini (MDB-RO) voltou a se manifestar publicamente sobre os conflitos fundiários envolvendo produtores rurais na região do Jaruaru, área próxima à Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar criticou a atuação de ONGs e grupos externos que, segundo ele, estariam pressionando órgãos federais e criando insegurança jurídica para famílias que vivem e produzem no local há décadas.
Mosquini afirma que os povos indígenas não solicitaram a retomada das terras e que a disputa estaria sendo fomentada por organizações que buscam influenciar decisões da Funai e de instâncias superiores. “Eu deixo aqui uma pergunta que ninguém quer responder: quem realmente quer as terras onde hoje produzem tantas famílias? Os povos indígenas não pediram essas áreas. O que vemos é a atuação de ONGs e grupos externos pressionando órgãos federais, criando conflito e insegurança jurídica para quem trabalha há décadas nessas propriedades”, escreveu.
O deputado reiterou que continuará cobrando transparência e defendendo os produtores: “A verdade precisa aparecer: quem está de fato interessado nessas terras?”
Em vídeo gravado na região, Mosquini reforça sua posição ao lado de agricultores que, segundo ele, detêm títulos de propriedade e contribuem para o desenvolvimento de Rondônia. “Eu estou aqui na região do Jaruaru e quero te mostrar essa terra que a Funai está brigando com os produtores para retomar para os índios. Mas os índios não querem essa terra. (…) Sabe quem que é essa terra? São ONGs. ONGs que ficam brigando pra tomar essa terra do produtor”, afirmou.
O parlamentar afirma que sua atuação não se volta contra povos indígenas, mas contra processos que considera injustos e desconectados da realidade local. Ele destaca que seu mandato tem buscado diálogo e justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) para que operações de desintrusão ocorram de maneira correta, sem atingir famílias que exercem atividades produtivas de boa-fé.
Mosquini reforça ainda que sua defesa é pelo equilíbrio entre segurança jurídica, desenvolvimento regional e respeito às comunidades tradicionais. “Nós não estamos atacando índio nenhum, porque eles também não querem. Mas eu quero saber de você: tô certo ou tô errado?”, questionou aos seguidores.



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