Publicada em 19/11/2025 às 09h06
Político que trabalha calado perde espaço para quem finge gritando o que não entrega
CARO LEITOR, quem trabalha calado nos espaços de poder e de tomada de decisões perde para quem finge gritando o que não entrega. Em face disso, o eleitor não premia na urna o esforço invisível, ele vota em quem parece possuir ou possui capacidade de entrega. Existem muitos mandatários ou ocupantes de espaços de tomada de decisões trabalhando em silêncio, enquanto outros constroem narrativas para aparecer com frequência e colar sua imagem na lembrança do povo. O político precisa compreender que o cérebro só lembra do que é repetido, visto e falado. Se o eleitor nunca ouviu falar em você, é como se o político não existisse. Sabe o que é pior de tudo isso? Quem finge com frequência ganha autoridade emocional do eleitor. Neste caso, a disponibilidade e a frequência permitem ao público-alvo associar a constância à competência, conhecimento, compromisso e capacidade de entrega. Assim, a percepção e a emoção vencem o mérito e a razão.
Calado
O político que trabalha calado termina trabalhando duas vezes por falta de aderência ou lembrança da sua imagem na mente do eleitor. É preciso mudar essa prática mostrando o que faz, por sua vez, o eleitor não quer prestação de contas por meio de balanço da gestão ou relatório, ele quer história.
Repetição
Criar uma história com propósito e emoção, recorrendo a símbolos e bordões com frequência, possibilita ao político fixar a sua imagem na mente do eleitor. A repetição reforça na memória do eleitor a autoridade emocional em relação à competência, conhecimento, compromisso e capacidade de entrega.
Domina
Política é palco, político é um ator e a memória do eleitor precisa de repetição. Quem consegue desenvolver um personagem, dominar um roteiro e falar com conexão com o público-alvo, domina o voto e se torna um candidato vencedor.
Resposta
Quem fala com conexão com o público-alvo é o presidente Lula (PT-SP). Em resposta à crítica do chanceler alemão, Friedrich Merz, sobre a estadia na capital Belém (PA), sede da COP 30, Lula disse que ele deveria ter “ido num boteco, dançado e provado a culinária do Pará.”
Xenofobia
O chanceler da Alemanha (cargo equivalente a primeiro-ministro), Friedrich Merz, é neto de Josef Paul Sauvigny, ex-político nazista e membro do NSDAP. Neste caso, Sauvigny era um nazista declarado, fiel a Hitler, chegando a nomear uma rua em homenagem a ele durante seu governo. Está explicado agora a xenofobia do neto do nazista contra o povo de Belém do Pará?
Derrotado
Ontem (18), o governo Lula III tentou adiar a votação do relatório do Projeto de Lei Antifacção apresentado pelo deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) no plenário da Câmara, mas foi derrotado. O tema, agora, será discutido pelos deputados.
Descaracterizar
Integrantes do governo Lula III e parlamentares da base aliada acusaram o relator da matéria, deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), de "descaracterizar" o Projeto de Lei Antifacção enviado pelo Executivo. Tudo não passa de um jogo da oposição para desgastar a imagem do governo perante a opinião pública.
Master
O Banco Master quebrou e o dono, Daniel Vorcaro, foi preso ao tentar fugir do país. Já o Banco Central decretou a liquidação da instituição, o banco faliu. O governo Cláudio Castro (PL-RJ) investiu um bilhão de reais do Rioprevidência — dinheiro sagrado da aposentadoria do servidor público — no Banco Master, que acabou de quebrar.
Barrando
A intervenção do Banco Central barrando a compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB) evitou um enorme prejuízo para o Governo do Distrito Federal (GDF). O governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) abordou o assunto em diversas ocasiões com a imprensa.
Demonstra
Os senadores Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) e Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) se comunicam bem politicamente com os eleitores no online e offline. Ambos demonstram a atuação parlamentar comprometida com votações importantes, encaminhamentos ao Governo Federal e entrega de suas emendas, bem como de intervenções junto ao Governo Federal.
Melhor
Entre todos os deputados federais, a melhor comunicação política fica para o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB-Jaru). Seguido da deputada federal Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná), do deputado Maurício Carvalho (União Brasil-Porto Velho) e da deputada Cristiane Lopes (União Brasil-Porto Velho). Tais parlamentares se dirigem com frequência ao público-alvo, gerando autoridade emocional.
Finge
O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) tem uma boa retórica e posicionamento diante de uma câmara. Mas ele é aquele perfil de político que não demonstra capacidade de entrega, por sua vez, se posiciona em votações importantes explicando o seu voto.
Comunica
O deputado federal Thiago Flores (Republicanos-Ariquemes) se comunica politicamente até bem nas redes sociais, expondo suas opiniões e votos em relação a matérias importantes, porém, falta demonstrar ao eleitor a sua capacidade de entrega.
Barulho
O deputado Rafael Fera (Podemos-Ariquemes) - recém-chegado à Câmara dos Deputados - e o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-Porto Velho) são da turma do barulho na comunicação política. Ambos recorrem a polêmicas, ataques a adversários políticos e não demonstram capacidade de entrega.
Estaduais I
Os deputados estaduais Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná), Alex Redano (Republicanos-Ariquemes), Ezequiel Neiva (União Brasil-Cerejeiras), Cássio Gois (PSD-Cacoal), Cirone Deiró (União Brasil-Cacoal), Alan Queiroz (Podemos-Porto Velho) e o delegado Rodrigo Camargo (Republicanos-Ariquemes) se comunicam muito bem com o público-alvo por todos os canais.
Estaduais II
Entre as cinco deputadas estaduais, quem se destaca na comunicação política é a deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil-Porto Velho) e Dra. Taissa Souza (Podemos-Guajará-Mirim). Ambas conseguem se comunicar bem com o público-alvo e demonstrar capacidade de entrega, porém, Taissa faz mais barulho.
Prefeitos
Existe uma safra nova de prefeitos que também se comunica bem com o público-alvo. O campeão em comunicação política é o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho). Seguido do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal), Afonso Cândido (Ji-Paraná), Marcélio Brasileiro (Nova Mamoré) e Aldo Júlio (Rolim de Moura).
Descongelar
O prefeito de Vilhena, delegado Flori Júnior (Podemos-Porto Velho), eleito e reeleito, faz uma gestão acima da média naquele importante município do Cone Sul, porém, trabalha em silêncio. Em face disso, caso Flori decida se lançar candidato nas próximas eleições, precisa descongelar urgentemente suas redes sociais congeladas desde o término do último pleito eleitoral municipal.
Estratégias
A comunicação política dos vereadores Zé Paroca (Avante-Porto Velho) e Dr. Breno Mendes (Avante-Porto Velho) consegue estabelecer uma conexão entre a esfera política e o público-alvo, usando estratégias que envolvem persuasão e emoção, prendendo a atenção do público-alvo.
Tradicionais
Os vereadores Gedeão Negreiros (PSDB-Porto Velho), Dr. Júnior Queiroz (Republicanos-Porto Velho) e Pedro Geovar (PP-Porto Velho) se concentram em demonstrar a capacidade de entrega e na construção de imagens mais tradicionais para alcançar o eleitorado.
Conteúdo
Já os vereadores Nilton Souza (PSDB-Porto Velho), Jeovane Ibiza (Agir-Porto Velho) e Everaldo Fogaça (PSD-Porto Velho) conseguem gerar conteúdo demonstrando capacidade de entrega e compromisso com o eleitor.
Polêmica
Os vereadores Fernando Silva (Republicanos-Porto Velho) e Marcos Combate (Agir-Porto Velho) recorrem à comunicação política do barulho como estratégia para gerar debate, polarização, revolta e indignação da população, por sua vez, aderência junto ao público-alvo.
Suavizou
A eleição da vereadora Sofia Andrade (PL-Porto Velho) deve-se em parte à sua boa retórica voltada para a polarização ideológica. Contudo, desde que assumiu o mandato, Sofia parece ter colocado o radicalismo de lado e suavizou sua imagem, deixando o barulho para os vereadores Fernando Silva (Republicanos-Porto Velho) e Marcos Combate (Agir-Porto Velho).
Melhor
A melhor comunicação política com o eleitor é do vereador Thiago Tezzari (PSDB-Porto Velho). O gordinho cria uma narrativa que consolida autoridade emocional, gera valor e mantém o tema vivo por mais tempo na cabeça do eleitor.
Análise
Os políticos rondonienses que não apareceram na presente análise em comunicação política é porque não conseguiram gerar autoridade emocional. Neste caso, como consultor em Marketing Político e Eleitoral, sugiro repensar e contratar um bom social media para divulgar a atuação como representante político.
Sério
Falando sério, a regra de ouro da comunicação política é a repetição. Tal estratégia de comunicação em diferentes formatos se torna memorável porque é dita e reforçada constantemente. Assim, não basta comunicar uma única vez, mas repetir com inteligência para ficar na memória do eleitor.



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