Publicada em 21/11/2025 às 10h41
O rapper Oruam voltou a desabafar sobre o impacto que o nome do pai, Marcinho VP, ainda provoca fora das prisões federais. Mesmo detido há mais de 20 anos em regime de segurança máxima, o traficante continua sendo citado em episódios de violência no Rio — algo que, segundo o artista, afeta profundamente sua vida.
Em entrevista à coluna de Fábia Oliveira, Oruam afirmou que convive com um sentimento difícil de definir. Para ele, a sociedade transformou o nome do pai em um símbolo automático do mal. “É uma dor que não tem nome. Parece que sempre tem alguém pronto para usar o nome dele, mesmo ele vivendo trancado sem ver o sol direito”, declarou.
O incômodo se intensificou após a megaoperação policial que deixou 121 mortos no Complexo do Alemão e da Penha, no fim de outubro. O rapper contou que recebeu com choque a notícia de que Marcinho VP havia sido associado ao episódio. “Foi uma mistura de tristeza pela quantidade absurda de vidas perdidas e revolta por ver o nome do meu pai arrastado, de novo, para uma narrativa sem sentido. Ele passa 22 horas isolado numa cela de 6 m²”, relatou.
Condenado por tráfico e organização criminosa, Marcinho VP cumpre pena em presídios federais de segurança máxima. Para Oruam, atribuir a ele qualquer participação em ações externas não faz sentido. “É surreal pensar que, depois de tanto tempo preso, ainda tentem dizer que ele atrapalha alguma coisa aqui fora”, lamentou.



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