Publicada em 07/11/2025 às 09h17
Não interessa à cúpula da federação UP a pré-candidatura de Caiado à Presidência da República
CARO LEITOR, em abril deste ano, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), mesmo enfrentando resistência dentro do partido, o União Brasil, lançou sua pré-candidatura à Presidência da República. Vale lembrar que o próprio presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, não esteve no evento, realizado em Salvador no mês de abril, na Bahia. Caiado, durante entrevista durante a semana, defendeu o fim da federação União Progressista (UP) - formada pelo partido União Brasil e Progressista, ainda não oficializada do Tribunal Superior Eleitoral – TSE. Para Caiado, a federação UP está causando mais “desgastes” do que benefícios. Contudo, quem manda na federação UP é Antônio Rueda e o senador Ciro Nogueira (PP-PI). A dupla é a cara desse ajuntamento partidário de forças reacionárias. Caiado combina integralmente com tais forças, mas, ainda assim, não interessa à cúpula da sua candidatura à Presidência da República. O governador vive um drama.
Aventura
O governador Ronaldo Caiado tem dois caminhos: se contentar em disputar o Senado ou procurar outro partido disposto a bancar sua aventura pessoal de concorrer à Presidência da República. Neste caso, só sobram legendas nanicas sem fundo paritário, fundão eleitoral e tempo de propaganda eleitoral.
Atropelada
Em Santa Catarina, a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) seria a candidata “natural” do PL ao Senado, mas, atropelada pelo governador Jorginho Melo (PL-SC) e a cúpula do PL catarinense bolsonarista, preferem o paraquedista Carlos Bolsonaro, o filho zero dois do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Alternativa
Como alternativa ao PL, a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) e seus apoiadores já negociam com o partido Novo para disputar a vaga ao Senado. Porém, diferentemente do PL, o Novo não tem fundo paritário, fundão eleitoral e tempo de propaganda eleitoral. Neste caso, a legenda nanicou após alinhamento com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e a saída de João Amoedo.
Segue
Falando em Novo, por aqui, o partido, até o presente momento, só conta com a pré-candidatura de governador do ex-candidato a prefeito de Porto Velho, advogado Ricardo Frota (Novo-Porto Velho). A legenda segue sem um nome para disputar uma vaga ao Senado e dificilmente deverá formar uma nominata competitiva de candidatos a deputados federais e estaduais.
Chance
Em Rondônia, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) não teria a mínima chance de disputar uma vaga ao Senado mediante a quantidade de candidatos da direita e da extrema-direita. Ou seja, Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), Silvia Cristina (PP-Porto Velho), Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho), Delegado Rodrigo Camargo (Republicanos-Ariquemes) e Bruno Scheid (PL).
Poder
Falando em chance, a federação União Progressista – UP, formada pelo União Brasil e Progressista, segue sem projeto de poder coletivo. Neste caso, os caciques não conseguem sentar à mesa e chegar a um acordo em torno da chapa majoritária visando o sucesso eleitoral de todos nas eleições do próximo ano.
Sucessão
A federação União Progressista (UP) conta com o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) e a deputada federal Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná) como possíveis candidatos ao Senado. Já para a sucessão de Rocha no Palácio Rio Madeira, o nome colocado é o do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho), porém, não conseguem definir um projeto de continuidade de poder por questões de ego.
Palavra
O estilo político do deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil-Porto Velho) é de conciliador, moderado e de cumprir a sua palavra, ou seja, cumpre os acordos políticos – qualidade rara na maioria dos homens públicos. Com esse perfil, ele pode ser o elo de conciliação em torno da construção da chapa majoritária da federação UP para as próximas eleições.
Poder
Para a construção de um projeto de poder, é preciso desarmar os espíritos, afogar os demônios e colocar o ego de lado. Em seguida, definir uma agenda de diálogos para conciliar os interesses individuais. Daí, fechar os acordos e partir para a construção do planejamento de campanha, analisando o ambiente político, cultural, social e econômico.
Papel
Quem faz bem esse papel de construção de projeto de poder na atualidade é o ex-senador Expedito Júnior (PSD-Rolim de Moura), o deputado estadual Cássio Góes (PSD-Cacoal), o deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB-Porto Velho), o ex-chefe da Casa Civil Júnior Gonçalves e o ex-deputado estadual Jair Montes (Avante-Porto Velho).
Hospital
Falando em projeto, o deputado estadual Cássio Góes (PSD-Cacoal) se esforça ao lado do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, para entregar à população da capital do café, o novo hospital municipal. Cássio destinou mais de R$ 5 milhões de emendas para a conclusão da obra e compra de equipamentos.
Fraude I
Um alerta para os dirigentes partidários: transitou em julgado a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) dos candidatos a vereadores do MDB de Porto Velho por fraude na cota de gênero na 21ª Zona Eleitoral de Porto Velho. Na sentença, foram anulados os votos e cassados os registros de candidaturas. Contudo, ninguém pediu ainda recontagem dos votos.
Fraude II
É questão pacificada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que os candidatos julgados por fraude na cota de gênero, tendo os votos anulados e cassados os registros de candidaturas, ficam inelegíveis. Caso algum dirigente coopte um desses candidatos inelegíveis para figurar em alguma nominata de deputado estadual ou federal, pode contaminar e prejudicar a chapa proporcional.
Guerra
Segue a guerra de narrativas entre o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) e o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho). Léo, com vídeo postado nas redes sociais segurando um saco de lixo, disse o seguinte em relação ao problema da coleta de lixo: "é uma herança que recebemos, mas não vamos permitir esse descaso. Pedimos desculpas por todo o transtorno, mas todas as medidas já foram tomadas".
Lixo
Em resposta ao prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho), o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) ocupou vários espaços na mídia para comentar o problema do contrato da coleta de lixo na capital. Segundo Hildon, entregou a coleta de lixo da capital funcionando bem na capital e nos distritos rurais, portanto, a herança não é dele.
Reconhece
O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) disse ainda que assinou o contrato com a Marquise porque a empresa ganhou a licitação. Contudo, reconhece o poder discricionário dos atos do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) para cancelar o contrato com a Marquise, dando início a um imbróglio jurídico e abertura de um contrato emergencial para coleta de lixo.
Paciência
Nesse interim de disputa judicial entre os dois consórcios para realizar a coleta de lixo da capital, quem está prejudicada é a população de Porto Velho que convive com o acúmulo de lixo nas lixeiras. Neste caso, ambas as empresas foram desmobilizadas por duas vezes mediante decisões judiciais. Até se reagrupar, leva alguns dias e exigirá da população paciência.
Intensifica
Enquanto isso, o vereador Marcos Combate (Agir-Porto Velho) intensifica as críticas ao prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) por se encontrar em Paris, enquanto a população sofre com o acúmulo de lixo nas lixeiras na porta de suas casas. Combate fatura eleitoralmente.
Francesa
Falando em Paris e no clima de sexta-feira, uma leitora da coluna fez o seguinte comentário em relação ao vídeo do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) postado nas redes sociais segurando um saco de lixo. Ela disse: “Professor, pensei que era um monte de vasilhame de água sanitária, mas quando olhei direitinho, eram garrafas verdes de água mineral francesa.”
Sério
Falando sério, o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, foi o principal incentivador da formalização da federação partidária com PP e fiador do nome do governador goiano para disputar a Presidência da República em 2026. Neto anda muito contrariado com as decisões da cúpula da federação UP.



Quem criou o problema do lixo foi o atal prefeito, com a ajuda misteriosa do tribunal faz de contas. Não havia e não há motivo algum para rescindir o contrato da Marquise. A não se ajuda substancial nas eleições.