Publicada em 22/11/2025 às 08h25
Porto Velho, RO — Bruno Scheid, pré-candidato ao Senado por Rondônia e vice-presidente do PL no estado, reagiu publicamente à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro ao publicar, em suas redes sociais, uma mensagem lamentando os acontecimentos deste sábado (22/11). No texto, Scheid afirmou: “Que dia triste meus amigos! Um homem honesto que ama esse país sendo levado para prisão @jairmessiasbolsonaro lutaremos por sua liberdade hoje e sempre. Nunca pensei que veria esta cena.”
A manifestação ocorreu poucas horas depois de uma página de notícias voltada ao público conservador divulgar uma imagem mostrando Scheid diante da residência de Bolsonaro, no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. A página informou que “Bruno Scheid, vice-presidente do PL em Rondônia e conhecido por sua relação de amizade com o presidente Jair Bolsonaro, foi visto na manhã desta sexta-feira (21/11) em frente à residência de Bolsonaro, localizada no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. Ele estava acompanhado do deputado federal Hélio Lopes. Vale ressaltar que Bruno Scheid tem agenda para visitar o presidente apenas na próxima terça-feira, dia 25/11.”

O deputado Hélio Negão e Bruno Scheid horas antes da prisão de Jair Bolsonaro, decretada neste sábado, 22 / Reprodução
O registro mostra dois homens filmando a movimentação de veículos na entrada do residencial, onde uma van branca e outros carros circulam pela via. A imagem ganhou repercussão nas redes sociais, em meio à expectativa sobre eventuais desdobramentos envolvendo o ex-presidente.
A prisão de Jair Bolsonaro foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e confirmada na manhã deste sábado (22/11). Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o advogado Celso Villardi, o ex-presidente foi detido de forma preventiva, antes do cumprimento da pena referente à condenação no inquérito do golpe. De acordo com a PF, Bolsonaro foi conduzido para a Superintendência Regional da corporação no Setor Policial Sul, em Brasília.
A aparição de Scheid diante do Solar de Brasília, registrada pela página horas antes da decisão judicial vir a público, e a postagem feita posteriormente pelo pré-candidato reforçaram a interlocução próxima entre ele e o ex-presidente, com quem mantém relação política e pessoal de longa data, uma espécie de "fiel escudeiro" do ex-morador do Palácio da Alvorada
Atualização — Scheid detalha momento da prisão e relata encontro com Bolsonaro dentro da PF
Após a repercussão da imagem registrada em frente ao Solar de Brasília e da postagem lamentando a prisão do ex-presidente, Bruno Scheid divulgou um vídeo no qual descreve, em sequência, como presenciou a chegada da Polícia Federal ao condomínio e o deslocamento de Jair Bolsonaro para a Superintendência no Setor Policial Sul. No depoimento gravado, Scheid afirmou que viveu “um dia triste para a democracia brasileira” e relatou que estava indo entregar pães produzidos por ele mesmo — atividade que, segundo disse, costuma repetir sempre que está em Brasília — quando viu os agentes federais chegarem ao local para cumprir a ordem de prisão preventiva. Ele afirmou ter testemunhado a movimentação no instante em que se aproximava da residência: “vi a cena que eu jamais gostaria de ter visto na minha vida”.
Scheid disse ainda que acompanhou o procedimento até a sede da Polícia Federal, onde teve autorização para entrar e conversar com o ex-presidente. No vídeo, relatou que Bolsonaro se encontrava “tranquilo”, “confiante” e ciente das razões jurídicas que o levaram à custódia. Segundo seu relato, ele permaneceu com Bolsonaro até instantes antes de gravar a declaração pública: “estive com ele até agora pouco lá dentro da superintendência, dei um abraço antes de vir para cá”. Scheid afirmou que Bolsonaro demonstrava convicção de inocência e que acreditava que a situação teria “um tempo curto e logo vai acabar”. Ao final, encerrou o vídeo com um apelo reiterado por orações, pedindo “orem pelo presidente” e acrescentando que a solicitação incluía a saúde e a vida do ex-chefe do Executivo.
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