Publicada em 22/11/2025 às 10h35
PORTO VELHO (RO) - Em outubro de 2026 teremos Eleições Gerais no Brasil para escolha de presidente da República, governadores e vices; duas das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, além da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas. O ano está chegando ao fim e, a partir de 15 de dezembro, terá início o recesso parlamentar, com as atividades políticas dando uma trégua até o reinício dos trabalhos em 2026.
As eleições de 2026 já mobilizaram a política rondoniense com vários nomes sendo apontados como prováveis candidatos, a maioria com chances reais, mas quase todos sem definir o cargo que disputarão. Poucos já estariam definidos, mas, como em política não há “sim” que permaneça nem “não” que perdure, os bastidores estão acelerados.
Apesar de as eleições à Presidência da República serem as mais importantes, as que envolvem diretamente a política regional predominam e certamente serão a tônica após o recesso parlamentar. Inclusive, muitos políticos vão “sacrificar” o recesso e colocarão o pé na estrada, uns em busca da reeleição e outros em busca de uma oportunidade.
Rondônia tem 24 deputados estaduais. E dois já estariam decididos a disputar outros cargos, não a reeleição. Rodrigo Camargo (Republicanos–Ariquemes) está preparando uma candidatura ao Senado, mas deverá mudar de partido. Ezequiel Neiva (UB–Cerejeiras), que foi o quinto mais bem votado em 2022, é pré-candidato à Câmara Federal e fará dobradinha com o filho, (...) à estadual.
Os demais parlamentares, a princípio, estão trabalhando com o objetivo de conseguir a reeleição. O presidente, Alex Redano (Republicanos–Ariquemes), é um caso à parte, mas é assunto a ser abordado mais adiante.
Hoje temos quatro nomes de políticos com expressividade eleitoral que estão trabalhando uma candidatura a governador: o prefeito reeleito Adailton Fúria (PSD), o deputado federal Fernando Máximo (UB–Porto Velho), maior votação em 2022 somando 85.596 votos, o senador Marcos Rogério, presidente regional do PL, o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, que preside o PSDB no Estado, e Confúcio Moura, presidente do MDB em Rondônia.
São nomes de políticos expressivos, que já provaram que são bons de voto nas urnas em eleições anteriores. Confúcio foi prefeito de Ariquemes por mais de um mandato, deputado federal, governador (dois mandatos seguidos) e, desde 2018, senador. Rogério foi vereador em Ji-Paraná, deputado federal e senador.
Hildon governou Porto Velho em dois mandatos consecutivos e deixou a prefeitura com mais de 70% de aprovação da população, segundo aferições de institutos especializados. Máximo foi secretário de Estado da Saúde e conseguiu uma votação expressiva em 2022, superando adversários considerados campeões de voto, como a colega de parlamento federal, Sílvia Cristina, presidente regional do PP.
Caso realmente todos sejam confirmados nas convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto), teremos eleições das mais competitivas em Rondônia para escolha do futuro governador, pois o atual, Marcos Rocha, presidente estadual do União Brasil, está no segundo mandato consecutivo e se prepara para concorrer ao Senado.
Como nada ainda está definido, apesar da proximidade das convenções (cerca de oito meses), não estariam descartadas mudanças de cargos dos principais nomes citados como pré-candidatos à sucessão estadual. Marcos Rogério, por exemplo, pode buscar a reeleição, o mesmo ocorrendo com Confúcio. Máximo tem dificuldades no UB e, caso opte pelo Senado e não pelo Governo, dificilmente conseguirá ser candidato, a não ser que mude de partido ou que o governador Rocha resolva cumprir o mandato até o final de 2026 e não renunciar em abril para concorrer ao Senado.
O ex-prefeito Hildon Chaves iniciou uma forte pré-campanha a governador desde o início do ano, mas vem diminuindo o ritmo nos últimos meses. Há quem aposte que ele concorrerá ao Senado; outros dizem que a meta seria uma das oito vagas da Câmara Federal.
Os pré-candidatos a governador que não oscilaram sobre o objetivo, por enquanto, são o vice-governador Sérgio Gonçalves (UB), mas ele dependeria da renúncia de Rocha. Ele já declarou — e continua afirmando — que será candidato à sucessão estadual.
O prefeito reeleito de Cacoal, Adailton Fúria, também mantém seu nome como pré-candidato a governador. Desde as eleições de 2024, quando conseguiu o segundo mandato consecutivo, vem anunciando o seu futuro político. A escolha de um bom vice, de preferência da Capital, é um dos desafios de Fúria na sua caminhada futura visando o Governo do Estado.
O tempo vai avançando, as eleições gerais se aproximando e os bastidores da política a cada dia mais movimentados, situação que deverá ser solidificada a partir de fevereiro do próximo ano, com o fim do recesso parlamentar.



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