Publicada em 07/10/2025 às 16h13
Porto Velho, RO – Na segunda-feira (06), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, anunciou que recebeu uma ligação telefônica de Donald Trump. Segundo comunicado do Palácio do Planalto, o contato durou cerca de 30 minutos, durante os quais foi relembrada a “boa química” entre os líderes ao se encontrarem na Assembleia Geral da ONU, e Lula solicitou a retirada de uma sobretaxa de 40 % imposta aos produtos brasileiros.
Em discurso veiculado nas redes sociais, Lula afirmou:
“Recebi, nesta manhã (6/10), telefonema do presidente Trump. Conversamos por 30 minutos e relembramos a boa química que tivemos no encontro em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU.”
Ele disse ainda:
“Solicitei ao presidente Trump a retirada da sobretaxa de 40 % imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.”
O presidente brasileiro afirmou que Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para continuar negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Lula também relatou que foi sugerido o encontro pessoal em breve, com possibilidade de encontro na Cúpula da ASEAN, na Malásia, e mencionou convite para Trump participar da COP 30, em Belém.
O governo dos Estados Unidos impôs, em 2025, uma série de tarifas adicionais sobre produtos brasileiros. Em abril, anunciou tarifas de 10% para diversos países — incluindo o Brasil — como parte de um pacote denominado “Dia da Libertação”.
Em 30 de setembro, por meio de ordem executiva, Washington impôs uma sobretaxa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, alegando que algumas ações do governo brasileiro constituiriam ameaça à segurança nacional dos EUA.
Essas medidas suscitaram reação pública de membros da bancada bolsonarista em várias ocasiões — com elogios às sanções, suspensão de vistos de autoridades brasileiras e cobranças ao governo brasileiro de respostas.
Apesar de o episódio da ligação Trump-Lula ganhar repercussão nacional, não se verificou até agora manifestação pública de bolsonaristas radicais em Rondônia em relação ao tema, passadas mais de 24 horas do anúncio. Nem mesmo parlamentares ideologicamente alinhados à ala mais dura do bolsonarismo na bancada federal de Rondônia — como o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) ou os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagattoli (ambos do PL) — emitiram declarações oficiais registradas em veículos de imprensa ou redes sociais.



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