Publicada em 25/10/2025 às 10h43
Porto Velho, RO – As especulações sobre o futuro político de Marcos Rogério são muitas, o que o mantém constantemente em evidência nas discussões sobre 2026. Não há como não citá-lo nas perspectivas de eleições governamentais em Rondônia. É uma liderança nacional do PL em Brasília, foi e continua sendo fiel escudeiro do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e, a princípio, estaria formatando uma candidatura à reeleição. Rogério preside o PL no Estado e tem domicílio eleitoral em Ji-Paraná onde há nomes expressivos da política estadual, como a deputada federal Sílvia Cristina, presidente regional do PP e pré-candidata ao Senado; ex-senador Acir Gurgacz, presidente regional do PDT, que também pretende retornar ao Congresso Nacional. O senador não terá tarefa das mais fáceis. Ji-Paraná tem o segundo maior colégio eleitoral (cerca de 100 mil eleitores) e muitos candidatos em busca de duas vagas.
Rogério foi vereador em Ji-Paraná, assumiu como deputado federal, em razão de nova totalização dos votos pelo TRE-RO, se reelegeu, e se elegeu senador em 2018. Rogério foi candidato a governador em 2022 e chegou ao segundo turno contra Marcos Rocha (UB), que se reelegeu. O senador era considerado favorito na maioria das pesquisas realizadas antes da abertura das urnas. Previsão que não se confirmou, segundo os mais atentos observadores políticos, devido ao excesso de otimismo do senador, que não fez as alianças necessárias para uma disputa eleitoral, onde somar é prioridade. Dividir, jamais.
Com quatro pré-candidatos ao Senado, Ji-Paraná estará dividida eleitoralmente em 2026, e Acir Gurgacz, certamente será favorecido, pois é o único pré-candidato de centro-esquerda, isso sempre colocando Confúcio na disputa ao Governo do Estado, como ele disse publicamente em Ji-Paraná, mas como possibilidades, não como definição final. O município também tem o pecuarista Bruno Scheid, do PL, candidato ao Senado, indicação de Bolsonaro. Mais para atrapalhar Marcos Rogério e Silvia Cristina, que são de centro-direita, como ele.
As Eleições Gerais de 2026 (primeiro turno dia 4 de outubro) estão a pouco mais de 11 meses, mas lideram os comentários em todas as rodas políticas em Rondônia, seja na capital ou interior. As especulações são sobre as pré-candidaturas a governador e as duas das três vagas de senador, hoje ocupadas por Marcos Rogério e Confúcio Moura, presidentes regionais do PL e MDB, respectivamente, que estão sempre no topo das suposições e envolvendo nomes, que teriam condições de ocuparem as vagas.
Confúcio Moura já teria se definido pela pré-candidatura a governador, cargo que ele já ocupou em dois mandatos seguidos, antes de eleger-se senador em 2018. Confúcio também já foi prefeito de Ariquemes em dois mandatos seguidos e deputado federal. Tem uma ampla folha como administrador e legislador público.
Em recente encontro dos membros do Caminhada Esperança, grupo liderado pelo ex-senador e presidente estadual do PDT, Acir Gurgacz, que também já foi prefeito de Ji-Paraná, Confúcio disse publicamente que o seu vice como pré-candidato a governador é Airton Gurgacz, que ocupou o mesmo cargo na sua primeira eleição. Se o anúncio de pré-candidatura a governador de Confúcio e Airton vice for formatado como anunciado no encontro de Ji-Paraná, o quadro sucessório a governador para o próximo ano já começa a ser definido pelo o pessoal de centro-esquerda. Confirmando a união do grupo integrado por nove partidos, com destaques para o PDT, MEB e PT, as chances de sucesso são reais.
Confúcio é conhecido pelas suas ações alternativas na política, como o Sim e o Não, que não são definitivos, não perduram. E cabe bem a frase histórica do ex-governador de Minas Gerais, o saudoso Magalhães Pinto: “político é como nuvem. Você olha e está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Mas é importante destacar, que Confúcio sempre foi muito “em cima do muro” e que nem sempre cumpre compromissos, o que não é novidade no segmento político.
É importante destacar, que várias pesquisas estão sendo realizadas por institutos especializados envolvendo nomes a sucessão estadual e para as vagas ao Senado em Rondônia. Não especulamos os resultados, porque é prematura uma análise onde a política estadual já recebeu um político oportunista (mais um), o ex-deputado federal Cabo Daciolo, que transferiu seu título eleitoral para Ariquemes com a finalidade de candidatar-se a presidente da República (?). E já teria até um slogan: “transformar a colônia brasileira em Nação brasileira”.
Realmente o País é uma colônia e Rondônia, eleitoralmente, um “curral” eleitoral, como já aconteceu no passado com Múcio Athayde, que se elegeu deputado federal pelo Estado (1983-1987) sem ter residência fixa e durante o mandato nunca ter vindo ao Estado.



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