Publicada em 07/10/2025 às 09h43
Porto Velho, RO – O podcast Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira em parceria com o jornal Rondônia Dinâmica, recebeu o ex-senador e presidente estadual do PSD, Expedito Júnior. Em uma conversa centrada nas articulações de 2026, Expedito colocou o PSD no centro do tabuleiro e confirmou o prefeito de Cacoal, Fúria, como nome do partido ao governo do Estado. “É o nome que está pronto. Só depende dele”, disse. Questionado se Fúria poderia ser vice, cravou: “Não. Fúria não discute essa possibilidade.” Indagado sobre alternativa ao Senado, repetiu: “Também não.”
Ao tratar do cenário majoritário, Expedito afirmou enxergar a possibilidade de o chefe do Executivo estadual renunciar para disputar o Senado: “Eu acho que o governador tem tudo para renunciar. Ele é um nome muito forte para ser candidato ao Senado.” Disse ainda que Fúria já sinalizou apoio ao governador em uma das duas vagas: “Parece-me que já há um compromisso do Fúria de apoiar o governador para o Senado.” Sobre composições, relatou tratativas com o prefeito de Porto Velho: “Conversei com o Léo”, descrevendo o encontro como breve, e avaliou que Léo Moraes “seria um grande parceiro hoje para a gente construir alguma coisa, capital-interior”.
No mesmo eixo de alianças, Expedito relatou diálogo com Hildon e admitiu cenários cruzados: “O Hildon também pretende esse cargo. Pretende o cargo de governador. Mas, quem sabe, o Hildon passa a ser também uma opção… Porto Velho e o interior.” Provocado se seria para vice, respondeu: “Por que não? Porque não, ninguém pode achar que não pode esse cargo.”
A disputa ao Senado foi descrita como “a mais acirrada”, com uma lista de possíveis concorrentes. “Nós temos o Confúcio… fortíssimo candidato. Nós temos o governador, outro fortíssimo candidato. Marcos Rogério, fortíssimo candidato”, enumerou. Segundo ele, Marcos Rogério “ainda pode fazer a opção” entre as disputas e, se sair do Senado, “entra Fernando Máximo” no páreo. Citou também “o delegado Camargo”, “o Bruno [Scheidt]” e “a Sílvia Cristina”. Em menção adicional, lembrou que “pode aparecer… o Acir”, ponderando que a elegibilidade depende de sanção de projeto, tema levantado pelo apresentador. Ao comentar pesquisas, atribuiu ao Instituto Paraná números de avaliação: “Léo Moraes… com 84%… Em segundo lugar, o Fúria com 83%.”
Expedito disse ver “química” entre governador e Fúria após conversa relatada por ele (“O Governador e o Fúria sentaram e abriram o coração”). Reforçou que a definição de vices é tema “do próximo ano” e que não há tratativas fechadas sobre nomes. Sem coligações proporcionais, projetou que o PSD pode apoiar candidato(s) ao Senado “sem estar no arco de alianças formal”, inclusive a Sílvia Cristina: “Pode acontecer, tranquilo.”
O dirigente estadual antecipou a diretriz do PSD para mulheres e jovens e levou ao estúdio uma proposta que pretende debater no plano nacional: “Definir as cotas para as mulheres no Congresso Nacional. Não cotas de campanha.” “Aí sim você daria uma oportunidade”, sustentou, observando que é “um projeto… em construção”. Disse que o partido iniciou encontros com Eliane Rolim de Moura e planeja estruturar “PSD Jovem” e “PSD Mulher” nos 52 municípios. Sobre a aplicação atual das cotas eleitorais, narrou que a sigla enfrentou contestações, mas “graças a Deus… está tudo sob controle” e declarou: “Nenhum [condenado] até agora.”
No bloco nacional, Expedito relatou conversa com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e citou o governador do Paraná: “Deverá ser o candidato a presidente da República”, disse sobre Ratinho Junior, destacando que ouviu pela TV que Tarcísio “não seria candidato a presidente, seria candidato à reeleição”, e que o nome de Ratinho seria “a bola da vez”. Para Expedito, um presidenciável jovem do PSD “alavancaria” Fúria em Rondônia. Ao ser questionado se sairia candidato único “da direita, extrema-direita”, rechaçou: “Tenho certeza que não”, listando outros governadores e lideranças que, segundo ele, também se movimentam em seus estados.
No campo eleitoral rondoniense de 2026, Expedito reiterou a meta do PSD: candidatura própria ao governo, deputados federal e estadual. Relatou desempenho anterior: “Na eleição passada… tive 17 candidatos [a estadual]… fizemos três deputados estadual: Barroso, Laerte e o deputado Cássio [Gorges].” Para 2026, disse trabalhar “com a possibilidade de fazer dois” federais, citou nomes em diálogo — “a Jô Fúria”, “o presidente do Sindicef”, “o Mauro Nazif”, “o Jesualdo” — e adiantou que sua própria candidatura a deputado federal “provavelmente” ocorrerá, ainda em discussão “dentro de casa”, envolvendo o filho, Expedito Neto: “O Neto foi um deputado que eu me orgulho.”
Sobre arranjos majoritários, reafirmou o foco: “Deputado federal, deputado estadual, governador.” Sem coligação formal ao Senado, ventilou apoio a “um candidato senador”, mantendo liberdade do PSD. Ao recordar experiências passadas, citou a chapa em que levou Ivo para o PSDB e compôs vice “puro-sangue” com Aldaísa, “e o Ivo ganhou a eleição”.
Na parte final da entrevista, o ex-senador comentou pesquisas e conjunturas, enfatizando que Porto Velho decide “na última semana”, relembrou episódios de campanhas anteriores e avaliou a atuação das bancadas. Ao tratar de uma votação no Congresso durante o governo Fernando Henrique Cardoso, afirmou que a bancada rondoniense, mesmo “diversificada”, se uniu em torno da reforma da Previdência em troca da recuperação da BR-364: “Nós votamos… Mas nós queremos a BR-364… Ele fez.” Fechou cobrando mais foco nas “pautas do Estado” e agradeceu o espaço: “Espero poder retornar aqui para falar um pouquinho sobre projetos do Estado.”



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