Publicada em 18/10/2025 às 10h06
PORTO VELHO (RO) - Rondônia, assim como os demais Estados da Federação e o Distrito Federal, terá eleições para a escolha de dois dos três senadores. Nas gerais de 2026 serão reeleitos e eleitos presidente da República, governadores e vices, as duas vagas ao Senado, além da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas. Rondônia já tem um quadro bem definido do que será a disputa pelas vagas ao Senado.
Já em plena pré-campanha, temos cinco dos seis nomes em condições de entrar na disputa, todos com chances reais de sucesso. Ocorre que as vagas são somente duas e, até as convenções do próximo ano (de 20 de julho a 5 de agosto), muita água irá rolar embaixo da ponte, mas, com certeza, não teremos mudanças expressivas no quadro atual de pretendentes às vagas de senador.
O pessoal de centro-direita tem vários nomes em condições de sucesso. O governador Marcos Rocha, que preside o União Brasil em Rondônia, não esconde de ninguém que irá disputar uma das duas vagas ao Senado. Nem mesmo uma animosidade com o vice Sérgio Gonçalves (UB), em passado recente, impediu seu objetivo de concorrer ao Senado.
Com Rocha candidato em 2026, ele terá que renunciar seis meses antes das eleições, e Sérgio assumirá. Ele não esconde de ninguém que será candidato à reeleição ao governo. Resta saber se ele e Rocha irão realizar campanha juntos ou se Sérgio mudará de partido na janela eleitoral do próximo ano.
A deputada federal Sílvia Cristina, que preside o PP no Estado, tem uma ampla folha de bons serviços prestados na capital e no interior, na área social. Tem espaços em todos os segmentos da sociedade e aparece sempre na ponta nas pesquisas e enquetes realizadas por órgãos especializados e boa parte da imprensa regional.
É nome forte da direita, assim como Rocha, mas, como se constatou em eleições anteriores, é muito difícil eleger dois senadores do mesmo segmento. Assim, Sílvia e Rocha estariam disputando uma das duas vagas.
Entre o grupo da direita também temos o senador Marcos Rogério, presidente regional do PL, que chegou a ensaiar uma disputa pelo governo do Estado, como em 2022, quando foi derrotado no segundo turno por Marcos Rocha, que se reelegeu. Pessoas ligadas ao senador garantem que o objetivo para o próximo ano é a busca por mais um mandato ao Senado.
O grupo de centro-direita é forte e tem mais dois nomes na busca pelas vagas ao Senado: o pecuarista Bruno Scheidt (PL) e o deputado estadual Rodrigo Camargo (Republicanos–Ariquemes). Ambos “correndo por fora”, mas com chances.
Bruno é o nome do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, liderança mais expressiva do PL em nível nacional. Scheidt nunca disputou cargo público. Com Bolsonaro fora do contexto político, ele é uma aposta das mais pretensiosas, mas com chances mínimas de sucesso.
No imbróglio envolvendo o pessoal de centro-direita, o deputado Rodrigo Camargo não pode ser ignorado. É coerente com seus princípios, vota sempre de acordo com sua postura política, mesmo sabendo que poderá ser o único — o que demonstra postura partidária e comprometimento com seus ideais. Poderá ser a surpresa nas eleições de 2026, ou seja, a cereja do bolo...
O pré-candidato de centro-esquerda Acir Gurgacz, presidente regional do PDT, ex-senador e ex-prefeito de Ji-Paraná, por enquanto está só na disputa pelas duas vagas de senador. Está inelegível — inelegibilidade, segundo ele e sua assessoria jurídica, que terminará em 27 de fevereiro do próximo ano. A partir daí, estará elegível e é pré-candidato declarado. Inclusive, lidera o grupo Comunidade Esperança, formado por nove partidos, dentre eles PDT, PT e MDB, que vêm se reunindo em várias cidades já se preparando para outubro do próximo ano.
Além de Acir ao Senado, o Comunidade Esperança já teria fechado questão com o senador Confúcio Moura, pré-candidato a governador. Antes de ser senador, governou Rondônia em dois mandatos seguidos. Ele também foi deputado federal e prefeito de Ariquemes em mais de uma oportunidade. No primeiro mandato de governador, teve como vice Airton Gurgacz, do PDT, agora convidado para nova parceria em 2026.
Hoje, esse é o quadro real ao Senado em Rondônia. Mas até as convenções do próximo ano deverão ocorrer mudanças — nada distante do exposto —, inclusive com chances de o deputado federal Fernando Máximo (UB) e o ex-prefeito (dois mandatos seguidos) e presidente regional do PSDB, Hildon Chaves, optarem pela disputa ao Senado e não ao governo do Estado, como está projetado.
Mas é assunto para outras Opiniões e, como já dizia o sábio e saudoso ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.



PRÁ COMEÇAR EU SÓ VOTO EM PARTIDOS DE DIREITAS O RESTO SÃO TODOS PARTIDOS DAS TREVAS pt-PDT-PSOL-PP SÃO TODOS PARTIDOS DAS TREVAS