Publicada em 22/10/2025 às 09h57
Boulos sai de cena e vai para câmara de reflexão
CARO LEITOR, na política, ninguém te dá poder, coloca à prova. Assim, o ex-presidenciável do PSOL e atualmente deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), eleito com mais de um milhão de votos em 2022 para a Câmara dos Deputados, troca a cadeira de parlamentar no Congresso Nacional para ocupar um cargo discreto e burocrático no Poder Executivo. Boulos, no passado era símbolo de lutas populares por moradia e resistência, agora passa a integrar o espaço de tomada de decisões que ele confrontava. Para quem não estuda estrutura de poder, parece prêmio, uma jogada de mestre, uma preparação para sucessão de Lula, mas para quem compreende como se movimenta o poder, vai perceber que Boulos sai de cena e vai para a câmara escura de reflexão para num futuro bem próximo, trocar o PSOL pelo PT no sentido de se reinventar politicamente e oxigenar a legenda petista. Neste caso, a escolha de Boulos não é simbólica para ocupar espaço de tomada de decisões no Palácio do Planalto, mas estratégica por falar a linguagem da periferia e entender de comunicação política digital. Boulos consegue levar a linguagem da rua para a linguagem do poder, ou seja, sabe se conectar com as pessoas sem parecer assessorado. Antes, Boulos era incendiário, agora vai apagar incêndios e lidar com as fogueiras das vaidades nos espaços de poder e de tomada de decisões. Caso Boulos falhe na sua nova missão, volta para a rua com carimbo de perdedor, mas se acertar, vira um vencedor.
Vivo
O presidente Lula (PT-SP) enxerga o tabuleiro político como poucos. Ele faz política há 50 anos e sabe que 2026 começou desde o seu primeiro dia de mandato. Contudo, o PT envelheceu e Lula continua vivo e esperto no jogo do poder.
Troca
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), como secretário-geral da Presidência da República, troca o discurso pela execução. Na política, quem só discursa e não demonstra capacidade de entrega, ou seja, resultados, vira influencer e desaparece nas urnas.
Elo
Na Secretaria-Geral da Presidência da República, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) será o elo entre o eco das ruas e o Palácio do Planalto. Boulos consegue dialogar com os movimentos sociais e a periferia, desempenhando o papel de termômetro social.
Máquina
O desafio do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como secretário-geral da Presidência da República será sentar à mesa de negociações sem parecer vendido. Neste caso, o presidente Lula (PT-SP) quer que Boulos negocie, entregue, erre, acerte, ou seja, compreenda como funciona a máquina de moer gente.
Poder
Guilherme Boulos não pode ser muito governista, rebelde ou prometer demais para não perder a credibilidade e a ligação com os movimentos sociais e a periferia. Assim, quem tenta agradar os dois lados acaba perdendo os dois e o Palácio do Planalto é moedor de gente com ar-condicionado e protocolo.
Digital
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) criou militância e políticos influenciadores digitais nos espaços de poder e de tomada de decisões. O presidente Lula (PT-SP) aprendeu e cobra da militância petista e dos políticos de esquerda a entrada no digital. Neste caso, a esquerda precisa modernizar a narrativa sem perder a essência.
Pressionado
O senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) está sendo pressionado pelo ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) para disputar novamente o governo de Rondônia. Já Acir seria o candidato a senador da frente de esquerda nas eleições do próximo ano.
Teimosia
A teimosia do ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) - continua inelegível, poderá sabotar a reeleição quase certa do senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) assim como sabotou o ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade) nas eleições de 2018.
Reeleição
Para quem não lembra, Daniel Pereira (Solidariedade) era vice-governador de Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) e assumiu o governo quando esse último deixou a cadeira para disputar uma vaga ao Senado no pleito eleitoral de 2018. Daniel, com a popularidade em alta, poderia ter disputado a reeleição e ganho o pleito eleitoral.
Cumpriu
No cargo de governador, Daniel Pereira (Solidariedade) preferiu cumprir o acordo para permanecer no mandato até o final e deu a vez ao ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) para disputar o governo. Esse último estava inelegível e foi um fiasco nas urnas no pleito eleitoral de 2018. Daniel tentou voltar em 2022 como candidato a governador, mas foi abandonado por aqueles com quem cumpriu a palavra.
Palavra
A palavra é crucial na política porque funciona como ferramenta de negociação, discurso, persuasão e compromisso. Ela é usada para debater e resolver conflitos, moldar a opinião pública e construir consenso e formação de alianças.
Emenda
Falando em palavra, o deputado estadual Eyder Brasil (PL-Porto Velho) visitou a Escola Estadual de Tempo Integral Lydia Johnson de Macedo no bairro Costa e Silva, localizada em Porto Velho. Na oportunidade, Eyder se comprometeu com a comunidade escolar em destinar emenda parlamentar para promover melhorias físicas na referida escola.
Presente
O deputado estadual Ribeiro do Sinpol (PRD-Porto Velho) se fez presente na inauguração do prédio do Ministério Público e da instalação da comarca de Nova Mamoré. Ribeiro chegou à cidade acompanhado do ex-candidato a prefeito, advogado Welison Nunes. Esse último apoiará a reeleição de Ribeiro e deverá disputar o Palácio 21 de julho – sede do poder municipal de Nova Mamoré, nas eleições de 2028.
Denúncia
Falando em presente, realizei a leitura da denúncia do vereador Marcos Combate (Agir-Porto Velho) em relação ao Pregão Eletrônico 027/2025, inclusive de formação de quadrilha na EMDUR para beneficiar uma empresa ganhadora da licitação. Neste caso, trata-se de uma empresa sólida no mercado.
Acusa
Primeiramente, conheço Angelo Ruan Oliveira, a quem Comabate o acusa de definir regras para a empresa ganhar a licitação. Então, o edital é público e cada empresa precisa cumprir o estabelecido para se tornar ganhadora do certame. Não consegui enxergar irregularidade.
Conduta
Para quem não sabe, Angelo Ruan Oliveira é servidor de carreira da Assembleia Legislativa de Rondônia. Já passou pelo Detran e agora está cedido à EMDUR. Por onde passou, não existe nada que desabone a sua conduta, inclusive, indícios de enriquecimento ilícito pela vida simples que leva com a sua família.
Extraordinário
Já Bruno Holanda, presidente da EMDUR, oriundo da iniciativa privada, se revelou um gestor extraordinário à frente da autarquia municipal. Holanda, com fama de cozinheiro por conta do seu restaurante de alto padrão, no passado e no presente, não tem fama e comportamento de quem nasceu para ser larápio.
Defendeu
A denúncia em relação ao Pregão Eletrônico 027/2025 – EMDUR, também envolve o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) e o advogado Oscar Neto. Esse último sempre se comportou na vida pública com retidão, já o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho), até antes de assumir a Prefeitura de Porto Velho, sempre defendeu a transferência e a moralidade pública, por sua vez, continua na mesma pegada até que se prove o contrário.
Respondeu
A denúncia deverá ser investigada pelos órgãos de fiscalização e controle, independentemente de vínculos pessoais e políticos. Contudo, a denúncia deve ser enfrentada com absoluta transparência e esclarecer os fatos à sociedade. Neste caso, a EMDUR já respondeu ao vereador Marcos Combate (Agir-Porto Velho), à imprensa e à sociedade.
Oposição
Em colunas pretéritas, já destaquei a importância do papel da oposição, inclusive elogiei a atuação parlamentar do vereador Marcos Combate (Agir-Porto Velho). Esse faz uma oposição sistemática à gestão do prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) à frente do Prédio do Relógio. Porém, Combate não pode cair no denuncismo barato e no oportunismo eleitoral, consequentemente, no descrédito da população.
Oficina
A Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Porto Velho oferecerá aos servidores e ao público em geral a oficina “Direito na Prática Eleitoral” – O papel do assessor em ano eleitoral, com o advogado eleitoralista Marcelo Barrozo. As inscrições podem ser realizadas na recepção daquela Casa de Leis.
Sério
Falando sério, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), como secretário-geral da Presidência da República, deixa de ser a voz dos movimentos sociais e da periferia na Câmara dos Deputados para virar experimento de laboratório de governo. Quem só grita “fora sistema” não comanda o sistema. Portanto, é um treino antes da competição eleitoral de 2026.



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