Publicada em 21/08/2025 às 11h41
Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério (PL-RO) discursou no plenário do Senado em defesa do pastor Silas Malafaia, incluído em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura coação no julgamento da ação penal relacionada aos atos de 8 de janeiro. Em sua fala, o parlamentar afirmou que o líder religioso apenas se manifestou contra ministros da Corte e questionou a legalidade de sua inclusão na investigação.
“O que fez Malafaia? Criticou o ministro do Supremo, criticou decisões judiciais absurdas, decisões que colocam na cadeia mulheres, idosos, pessoas em convalescência, pais de família condenados a 14, 17 anos por crimes que não cometeram”, declarou. Rogério enfatizou que não negava a prática de delitos, mas criticava a forma como as condenações foram conduzidas: “Não estou a dizer que não cometeram crimes; eu estou dizendo: por crimes que não cometeram na extensão penal, porque vandalismo, destruição de patrimônio aconteceram, nem todos participaram e aqui não houve a individualização da pena, condenando a rodo.”
O senador afirmou que a inclusão do pastor no inquérito representa “perseguição política travestida de investigação judicial e agora perseguição religiosa”. Em seguida, questionou: “Agora, onde está o crime aqui do Pastor Silas Malafaia? Onde está a obstrução de justiça? Onde está?”.
Críticas ao Supremo Tribunal Federal
No mesmo pronunciamento, Rogério ampliou suas críticas ao Judiciário e disse que o Brasil vive “o pior momento de sua história democrática”. Para ele, há um “arranjo de poder capturado por alguns que se colocam acima da lei”. O parlamentar acusou o STF de assumir “contornos de um tribunal de exceção” e de desrespeitar princípios básicos do processo penal.
“É cada vez mais evidente que há uma erosão dos princípios mais elementares do processo penal, entre eles, o devido processo legal, a ampla defesa, o contraditório, o princípio do juiz natural, os institutos jurídicos de impedimento e suspeição, abandonados a tempo”, afirmou.
O senador criticou a concentração de atribuições em um único ministro do STF: “Um ministro instaura o inquérito, ele mesmo investiga, ele mesmo denuncia, ele mesmo julga, ele mesmo prende e ele mesmo se diz, também, vítima. Tudo no mesmo processo, tudo sob a mesma toga!”. Para Rogério, a atuação da Corte “perverte os valores democráticos” e agrava a crise institucional.
O que revelou a Polícia Federal
Paralelamente ao discurso de Marcos Rogério, a investigação conduzida pela Polícia Federal trouxe elementos envolvendo Silas Malafaia. O relatório incluiu áudios enviados pelo pastor ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas mensagens, Malafaia atacou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chamando-o de “babaca” e afirmando que poderia “arrebentar” o parlamentar caso mantivesse sua postura.
“Vem teu filho babaca falar m****! Dei-lhe um esporro, cara... mandei um áudio pra ele de arrombar. E disse para ele: a próxima que tu fizer eu gravo um vídeo e te arrebento! Falei pro Eduardo”, registra a transcrição do áudio.
O relatório foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, que remeteu o material à Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao órgão decidir se apresenta denúncia, solicita diligências complementares ou pede o arquivamento da investigação.



Que safra decepcionante desses representantes "que se dizem representantes do povo" pra fazer algum projeto em prol do eleitorado nada mas pra defender bandidos e traidores da Pátria eles ficam espertos combatentes, é triste e vergonhoso esses trastes