Publicada em 19/08/2025 às 09h29
Fazer marketing político e eleitoral não é sobre viralizar, é sobre vencer
CARO LEITOR, no livro “Marketing Eleitoral: É candidato? Seja um vencedor!” de minha autoria, publicado pela Editora Viseu, escrevo que existem três pilares básicos de uma campanha eleitoral (2023, p. 33): estratégia, comunicação e organização. Neste caso, estratégia pode ser compreendida como política, comunicação como marketing e organização como recurso financeiro. Quando um desses pilares se racha, os outros dois não seguram a viga mestre da campanha, ou seja, o pré-candidato ou candidato. E a rachadura provoca o desmoronamento da campanha eleitoral. Por isso, faz-se necessário usar os recursos com racionalidade a partir de um rígido planejamento. Contudo, fazer marketing político e eleitoral não é sobre viralizar, é sobre vencer. Estratégia sem articulação não faz a campanha ser vitoriosa. Vídeo bonito não vence a rejeição. A linguagem do discurso forte não substitui a presença e o corpo a corpo. Pode-se ter a melhor entrega da comunicação, com timing, identidade, storytelling e copywriting, mas se o pré-candidato e candidato não fazem articulação política, não adianta. É como querer construir a casa a partir do telhado. Por fim, o pré-candidato e candidato precisa compreender que o marketing não faz milagre. Por fim, um candidato vencedor precisa de lastro político, comunicação e estrutura financeira. Sem isso, é só barulho bem editado.
Desmoronar
Nas últimas campanhas em que prestei consultoria em marketing eleitoral, presencialmente ou por home-office, observei que quando a campanha começa a desmoronar, adivinha quem primeiro leva a culpa? A comunicação. Essa virou saco de pancadas da incompetência alheia.
Absurdos
Em reuniões virtuais entre o candidato majoritário e a equipe de comunicação política, o candidato diz: “Falta impacto!”, “não estamos engajando”, “posta mais”, “precisamos impulsionar”, “cria uma dancinha no TikTok” e outros absurdos. Como se essas estratégias fossem milagre, e não ferramenta.
Derrotado
O problema não está na comunicação. Está no pilar rachado da pré-campanha e da campanha eleitoral em si. O político que não articula, que quer votos sem diálogo, exibe performance de influencer nas redes sociais, mas entrega postura de poste, tende a ser um derrotado nas urnas.
Lançou
O governador Romeu Zema (Novo-MG) lançou sua pré-candidatura à Presidência da República durante o 9º Encontro Nacional do Partido Novo em São Paulo, defendendo pautas neoliberais, criticando o PT e destacando sua gestão em Minas Gerais.
Convicto
Conheci pessoalmente o governador Romeu Zema (Novo-MG) em meados de 2022 num Encontro Nacional do Partido Avante em Belo Horizonte - MG. Nos dias que fiquei na capital mineira, saí convicto da reeleição de Zema no primeiro turno, como aconteceu. Registrei essa minha percepção nas redes sociais.
Aprovação
Ontem (18), a Real Time Big Data divulgou pesquisa de avaliação de Romeu Zema (Novo-MG) frente ao governo de Minas Gerais. Segundo a pesquisa, Zema tem aprovação de 64% dos mineiros. Outros 32% desaprovam sua gestão, enquanto 4% não souberam ou não quiseram responder.
Azarão
Romeu Zema foi considerado pelos analistas políticos como um azarão no pleito eleitoral de 2018 em Minas Gerais. Zema, com discurso antipolítica e antissistema, nunca tinha disputado um cargo eletivo, derrotou o senador e ex-governador Antônio Anastasia, do PSDB, e então governador Fernando Pimentel, do PT. Esse último buscava a reeleição e acabou ficando em terceiro lugar.
Premiação
Para quem não sabe, a campanha à reeleição do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), conquistou ouro e prata nas categorias mais importantes da edição do 3º Prêmio CAMP da Democracia. Essa premiação é concebida pelo Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político – CAMP.
Vencedora
A equipe de campanha do governador Romeu Zema (Novo-MG), coordenada por Leandro Grôppo, foi a vencedora dos prêmios CAMP da Democracia de “Melhor Campanha de Mídia Digital” e “Melhor Uso de Humor”. Também ficou em segundo lugar nas categorias “Melhor Campanha para Presidente ou Governador” e “Melhor Campanha para o Senado”.
Competitivo
Caso o governador Romeu Zema (Novo-MG) não decline da candidatura à presidência da República, comece a visitar as outras unidades da federação contando a sua história, como recuperou as finanças públicas de Minas Gerais depois da gestão desastrada do PT, que deixou os servidores com salários atrasados e fornecedores sem receber, talvez se torne um candidato competitivo para fazer frente ao presidente Lula (PT).
Lanterninha
A pré-candidatura do governador Romeu Zema (Novo-MG) à presidência da República, se tornando competitiva, poderá influenciar a pré-candidatura do pré-candidato a governador Ricardo Frota (Novo-Porto Velho). Esse último ficou entre os candidatos lanterninhas na disputa pela Prefeitura de Porto Velho no pleito de 2024.
Nominata
O nome de Romeu Zema (Novo-MG) na disputa pela Presidência da República pode impulsionar a construção das nominatas de deputado estadual e federal do Partido Novo em Rondônia. Além disso, a legenda pode lançar dois candidatos a senadores.
Follador
Falando em nominata, o Partido Novo em Rondônia rejeita a pré-candidatura a deputado estadual do vereador Lucas Follador do Novo de Ariquemes. Lucas tem procurado conversar com o PSD para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa no próximo ano.
Pesquisa I
A Paraná Pesquisa divulgou a intenção de votos para governador e senador. No primeiro cenário estimulado, Fernando Máximo (UB-Porto Velho) registrou 32,2% das intenções de voto. Em seguida aparecem o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal), com 20,8%, o senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), com 14,2%, e o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho), com 11,7%.
Pesquisa II
Já o vice-governador Sérgio Gonçalves (UB-Porto Velho) marcou 2,2% e Samuel Costa (Rede-Porto Velho), 1,2%. Neste caso, ambos figuram como candidatos lanterninha na pesquisa. Por sua vez, entre os que não responderam ou preferiram não opinar, foram 6,6%, enquanto votos nulos, brancos ou em nenhum candidato somaram 11,1%. Em outros cenários, o senador Marcos Rogério (UB-Ji-Paraná) lidera com 30,9%.
Contestando
Até o fechamento da coluna de hoje (19), o deputado federal Fernando Máximo (UB-Porto Velho) não divulgou nota contestando a matéria do Intercept_Brasil revelando que o gerente de políticas públicas da Meta, Marconi Borges Machado, teria criado ao menos duas das quatro emendas apresentadas pelo parlamentar rondoniense ao Projeto de Lei 2628/2022, no sentido de flexibilizar a proteção infanto-juvenil na internet.
Ator
O ex-candidato a prefeito de Porto Velho, advogado Célio Lopes (PDT-Porto Velho), foi escolhido no último final de semana pelo RenovaBR para ser o principal ator político da maior escola de líderes políticos da América Latina em Rondônia.
Federação
Os partidos União Brasil (UB) e Progressistas (PP) lançaram na tarde de ontem (18), a federação partidária União Progressista (UP) com críticas ao governo do presidente Lula (PT), mas não entregaram os quatro ministérios e não deixaram cargos comissionados federais. O deputado federal Maurício Carvalho (UB-Porto Velho) deverá assumir o comando da federação UP em Rondônia.
Caminhar
O deputado federal Maurício Carvalho (UB-Porto Velho), à frente do comando da federação UP em Rondônia, pode optar por caminhar com o vice-governador Sérgio Gonçalves (UB-Porto Velho) ou com o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho).
Rasteira
A federação partidária União Brasil e o PP, sob o comando do deputado federal Maurício Carvalho (UB-Porto Velho), a pré-candidata ao Senado, deputada federal Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná), poderá levar uma rasteira. É de interesse de Maurício lançar a irmã, a ex-deputada federal Mariana Carvalho (UB-Porto Velho) pela federação UP.
Aninhar
O ambiente mais seguro para a deputada federal Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná) se aninhar e disputar uma das vagas ao Senado nas eleições do próximo ano é o PSDB de Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho). Silvia ganha segurança partidária e garante densidade eleitoral na capital.
Fúria
O pré-candidato a governador e prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal), concedeu ontem entrevista na Rádio Parecis FM com Everton Leoni e Sérgio Pires. Perguntei se ele, como pré-candidato a governador, pode declinar para uma candidatura a deputado federal. Fúria foi categórico em dizer que não ao considerar os números das pesquisas recém-divulgadas para o governo.
Professores I
No finalzinho da entrevista com Everton Leoni e Sérgio Pires na Rádio Parecis FM, o pré-candidato a governador e prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal), confessou que o salário médio de um professor em Cacoal com todas as gratificações beira R$ 7,8 mil nos dez primeiros anos de exercício da profissão.
Professores II
Como pegadinha do malandro, assessores do pré-candidato a governador e prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD-Cacoal), têm espelhado que um professor ganha de R$ 15 a 18 mil de salário. Bem, verificando no Porto Transparência da Secretaria Municipal de Educação de Cacoal, esse salário é pago para quem tem mestrado, doutorado e está no último nível do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).
Operação
Falando em Cacoal, a cidade amanheceu no dia de hoje (19) com nuvens negras sobre a Secretaria Municipal de Saúde. A Polícia Civil de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO2), com apoio do Ministério Público de Rondônia, deflagrou a Operação “A última dose”, que apura um esquema de desvio e comercialização irregular de vacinas do SUS, envolvendo uma clínica privada e servidores públicos municipais.
Sério
Falando sério, o eleitor está mais esperto. O algoritmo engana por um tempo. O voto na urna, não. E se a campanha desaba, pode olhar os três pilares, racham, os erros quase sempre estão no pré-candidato e no candidato. Daí não adianta cobrar performance da comunicação se o ruído está em outro eixo. Comunicação não salva candidato que não se ajuda, não escuta e toma decisões isoladas.



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