Publicada em 07/08/2025 às 10h01
Durante participação no programa Saia Justa, do GNT, na noite da última quarta-feira (6), o cantor Junior Lima abriu o coração ao relembrar as especulações que enfrentou na adolescência e que ainda hoje repercutem em sua trajetória pessoal e profissional. Com informações do site IstoÉ Gente.
Segundo ele, os boatos constantes sobre sua sexualidade, especialmente no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, causaram inseguranças profundas. “Foi uma insegurança absurda. Eu não entendia direito na época, mas aquilo mexeu muito comigo. Era uma época muito diferente de hoje”, afirmou.
O artista explicou que seu envolvimento com a arte desde cedo — dançando, compondo, convivendo intensamente com a mãe Noely e a irmã Sandy — despertava olhares enviesados por parte do público e da mídia. “Era um ambiente muito feminino, e eu sempre fui sensível, empático, preocupado com as mulheres ao meu redor. Isso se voltava contra mim”, contou.
Junior reforçou que nunca teve problema em ser visto como gay, mas o julgamento precoce teve impacto emocional duradouro. “Passei 20 anos fazendo análise. Tive que ter muita coragem para continuar sendo quem eu era. Só por dançar, já me olhavam torto. E isso ainda me atrapalha profissionalmente.”
Em entrevista concedida à IstoÉ Gente no fim de 2024, Junior também falou sobre os desafios de crescer sob os holofotes. “Tem o bônus, mas tem um ônus muito pesado que ninguém vê. Crescer como figura pública exige muita força mental. Tem questões psicológicas sérias nesse meio”, afirmou.
Aos 40 anos, o cantor destacou a coragem necessária para se reinventar. “O mercado não é só arte pela arte. Tem muita política, jogo de interesses. Estou mexendo em vespeiros, mas é o que me move. Sigo sendo quem sou”, declarou, com a mão no peito, em sinal de firmeza.



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