
Publicada em 02/07/2025 às 11h19
PORTO VELHO (RO) – A possível concessão dos serviços de água e esgoto em Rondônia à iniciativa privada voltou ao centro das atenções na Assembleia Legislativa. Desta vez, o alerta veio da deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), que protocolou requerimento cobrando informações detalhadas sobre o processo conduzido pelo Governo do Estado — especialmente diante da possibilidade de a empresa AEGEA assumir os serviços, em substituição à Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD).
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No documento, endereçado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC) e à Casa Civil, a parlamentar solicita informações sobre o modelo de concessão em andamento, os municípios envolvidos, critérios de reajuste tarifário, cronograma oficial, mecanismos de fiscalização e acesso às atas de reuniões do Colegiado Microrregional, instância que tem discutido o tema com representantes municipais.
“É dever desta Casa garantir total transparência e impedir que a população seja surpreendida com aumentos abusivos ou com um modelo de concessão que não leve em conta as realidades locais”, declarou a deputada no texto oficial do requerimento.
A parlamentar também quer saber se há previsão de aumento nas tarifas no município de Ji-Paraná, uma das áreas diretamente afetadas pela possível mudança na gestão do saneamento.
Empresa acumula denúncias e CPIs em diferentes estados
O requerimento da deputada surge em meio a uma crescente onda de questionamentos à AEGEA, apontada como favorita para assumir os serviços em Rondônia. A empresa opera em dezenas de municípios brasileiros e, em alguns deles, têm enfrentado críticas públicas, investigações parlamentares e insatisfação da população.
Em Ariquemes (RO), a atuação da empresa motivou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal. Moradores denunciaram água barrenta, interrupções no fornecimento e aplicação de multas consideradas indevidas, o que levou o Legislativo local a apurar possíveis irregularidades.
Em Manaus (AM), a concessionária foi investigada por uma CPI na Assembleia Legislativa do Amazonas. As críticas envolveram aumento de tarifas, queixas quanto à qualidade do serviço e insatisfação com a forma de atendimento ao consumidor.
No Piauí e no Rio Grande do Sul, a AEGEA também enfrenta desgaste. Moradores e lideranças políticas relataram dificuldades relacionadas à prestação de serviços, o que gerou manifestações públicas e cobertura crítica por parte da imprensa.
A discussão sobre o futuro do saneamento em Rondônia promete se intensificar nas próximas semanas, com a Assembleia Legislativa e demais instituições acompanhando os desdobramentos do processo de concessão e os esclarecimentos que ainda deverão ser prestados pelos órgãos responsáveis.
Comentários
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Claudio Ferreira Dos Santos 02/07/2025 - 14:08
ENGRAÇADO COMO AS COISAS ACONTECEM NESTE PAIS COMO PODE UM GOVERNO SANAR O FINANCEIRO DE UMA EMPRESA E JUSTAMENTE AGORA QUE DIVERSAS OBRAS FINANCIADAS COM DINHEIRO PUBLICO ESTÃO EM FASE DE CONCLUSÃO E QUE ALAVANCARA O FINANCEIRO DA ATUAL EMPRESA CAERD QUE DURANTE ANOS NADA MAIS FOI DO QUE SUCATEADA E URSUPADA PELOS ANTERIORES JUSTAMENTE AGORA A BEIRA DE UM UM ANO ELEITOREIRO QUEREM SE DESFAZER A TROCA DE NADA POIS PROVAVELMENTE SERA VENDIDA POR O MENOR VALOR POSSIVEL E SEM CONTAR QUE O ESTADO HERDARA AS DIVIDAS DA CAERD ASSIM COMO FOI COM BERON E ETC.
SENHORES DEPUTADOS ESTA NA HORA DE FAZEREM ALGO PELA PUPALAÇÃO E NÃO DEIXAREM QUE MAIS UM DESMANDO SE CUMPRA NESTE PAIS E NESTE ESTADO.
HA AEGEA ENTROU EM ROLIM DE MOURA EM 2017 E SOMENTE AGORA EM 2025 QUE ESTA INVESTINDO ALGO NO SISTEMA E AINDA DIZEM SER DINHEIRO FEDERAL
DEPUTADOS ABRÃO O OLHO
O mais estranho é que mesmo depois dessa série de denuncias no brasil todo ainda se cogite entregar o serviço para esta empresa. Alguém está ganhando com isso.