
Publicada em 14/05/2025 às 15h15
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) fez uma publicação em suas redes sociais nesta quarta-feira (14) insinuando que teria havido interferência estrangeira nas eleições presidenciais de 2022. O parlamentar reagiu a declarações do atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, feitas durante um evento em Nova York promovido pelo Lide, grupo empresarial liderado pelo ex-governador João Doria.
Na publicação, Chrisóstomo afirma: “Isso é muito grave! Parcialidade de um ministro do STF e presidente do TSE, Barroso diz ter pedido ajuda aos governo Biden para agir contra Bolsonaro! Será que tivemos interferência externa nas eleições de 2022??”
A fala de Barroso, que também foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre maio de 2020 e fevereiro de 2022 — período em que se iniciou a preparação do processo eleitoral que culminaria na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) — foi interpretada pelo parlamentar como uma possível atuação internacional no pleito.
Durante o evento nos Estados Unidos, Barroso declarou:
"Tivemos um decisivo apoio dos Estados Unidos à institucionalidade e à democracia brasileira em momentos de sobressalto. Eu mesmo, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, estive com o encarregado de negócios americanos muitas vezes. Em três ocasiões, pedi declarações dos Estados Unidos de apoio à democracia brasileira, uma delas no próprio Departamento de Estado, e acho que isso teve algum papel porque os militares brasileiros não gostam de se indispor com os Estados Unidos, porque é aqui que obtêm os seus cursos e os seus equipamentos."
A declaração do ministro, no entanto, não menciona qualquer pedido de ação contra Bolsonaro, tampouco interfere diretamente no processo eleitoral. O objetivo, segundo ele, teria sido reforçar o compromisso internacional com a democracia brasileira em momentos de instabilidade institucional.
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