Publicada em 13/09/2025 às 09h32
O dólar encerrou a sexta-feira (12) em queda pelo terceiro pregão consecutivo no Brasil, atingindo o menor valor em 15 meses, mesmo diante da valorização da moeda norte-americana frente a outras divisas no exterior. Com informações da Agência Brasil
A cotação à vista caiu 0,69%, fechando a R$ 5,3537, o nível mais baixo desde 7 de junho do ano passado, quando encerrou em R$ 5,3247. Na semana, acumulou desvalorização de 1,11% e, no ano, recuo de 13,36%. Na B3, o dólar para outubro cedeu 0,72%, negociado a R$ 5,3760.
Segundo analistas, o movimento reflete a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve nos próximos meses e a manutenção da taxa Selic em 15% no Brasil, cenário que mantém o país atrativo para investidores. A possibilidade de o dólar buscar o patamar de R$ 5,30 ganha força, embora haja cautela em razão de eventuais medidas de retaliação dos EUA após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em julho, o presidente Donald Trump havia imposto tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, citando justamente o julgamento de Bolsonaro como um dos motivos. Após a condenação, o secretário de Estado Marco Rubio declarou que os EUA “responderão adequadamente a essa caça às bruxas”, aumentando a tensão no mercado.
Mesmo assim, sem novos anúncios de sanções nesta sexta-feira, a moeda teve espaço para aprofundar a queda. O dólar chegou a R$ 5,4043 na máxima do dia, mas recuou até R$ 5,3445 na mínima intradia.
O Banco Central também atuou no mercado, vendendo US$ 1 bilhão em leilão de linha e 40 mil contratos de swap cambial para rolagem de vencimentos de outubro.



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