
Publicada em 01/07/2025 às 08h33
Alcolumbre e Motta tentam enfraquecer Lula para 2026
CARO LEITOR, reportagem no Jornal da Globo chamou atenção para a cena na qual o senador Jaques Wagner (PT-BA) negou um aperto de mão ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil – AP). Antes da votação que derrubaria o decreto do governo Lula III sobre o aumento nas tarifas de IOF, houve um diálogo tenso entre os dois para evitar a votação que derrubaria o decreto presidencial. A reação do senador Wagner de negar o aperto de mão ilustra o tamanho do fosso das relações institucionais entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Vale lembrar que o senador Alcolumbre estava fechado com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Hugo Motta (Republicanos), para liquidar com o decreto de aumento das tarifas do IOF. A investida do Senado e da Câmara dos Deputados no sentido de enfraquecer Lula para as eleições de 2026 é uma ação coordenada dos líderes dos partidos da direita e da extrema-direita.
Traição
A investida do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) é alardeada pelos petistas como traição da dupla que chegou ao poder com o apoio do presidente Lula (PT).
Cabeças
O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) - os cabeças do Poder Legislativo - para levantar a bandeira de paz com o Palácio do Planalto, exigem mundos e fundos.
Conflito
Na tarde de sexta-feira (27), o presidente Lula (PT) determinou à AGU preparar recurso ao STF para manter o decreto presidencial do aumento das tarifas do IOF. É o caminho do conflito entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo.
Embate
Para piorar o cenário de crise institucional generalizada no país, arrasta-se no Supremo Tribunal Federal (STF) um novo embate com o Congresso Nacional, ou seja, as investigações das emendas parlamentares.
Contra
A extrema-direita prega ética, moral, bons costumes, moralidade pública e faz o discurso contra a corrupção. Na prática, fica contra as investigações em curso do STF sobre os desvios das emendas parlamentares.
Fracasso
O fracasso do ato pela liberdade convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no domingo (29) na Avenida Paulista atesta o cansaço das multidões diante da repetição de uma estratégia para pressionar pelas ruas, uma virada de mesa em favor de Bolsonaro.
Reação
Apostar nessas manifestações de rua, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), depois de chamar a sua militância de malucos em depoimento ao STF e o pastor Silas Malafaia afirmando que a direita é prostituída, provocou uma reação da militância bolsonarista, ou seja, perderam o entusiasmo com os principais líderes da extrema-direita.
Esvaziamento
O esvaziamento do ato pela liberdade convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no domingo (29) na Avenida Paulista pode acender um alerta em Rondônia para o trio formado pelo senador Marcos Rogério, Fernando Máximo e Bruno Scheid que desejam conquistar o Palácio Rio Madeira e as duas vagas ao Senado com apoio de Bolsonaro.
Dimensionar
De olho no Palácio Rio Madeira, o senador Marcos Rogério (PL) discursou ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) na Avenida Paulista. Por conta do esvaziamento do ato, Rogério precisa dimensionar o apoio de Bolsonaro às suas pretensões nas eleições de 2026.
Enfrentar
Os pré-candidatos a senadores pelo PL, deputado Fernando Máximo – mesmo estando ainda filiado ao União Brasil – e o agropecuarista Bruno Scheid, podem enfrentar dificuldades nas urnas com a queda de prestígio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). O tempo, movimentações e convenções partidárias, bem como as urnas, responderão a essa hipótese.
Eleitor
Existe um dado que muitos líderes políticos não observam na cabeça do eleitor rondoniense, principalmente do interior. O eleitor rondoniense não simpatiza com líderes fracos, frouxos ou covardes. Ou seja, os recuos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) na manifestação do Sete de Setembro de 2022 e no depoimento ao STF revelaram um líder fraco, frouxo e covarde.
Negado
O mandado de segurança do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) no âmbito do Tribunal de Justiça de Rondônia - TJRO, questionando a Emenda Constitucional n.º 174, aprovada pela Assembleia Legislativa em 17 de junho, foi negado. O caso exige uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN).
Ausência
A Emenda Constitucional n.º 174, aprovada pela Assembleia Legislativa em 17 de junho, permite ao governador, na ausência física, administrar o estado remotamente, anulando parcialmente as funções do vice-governador, inclusive de assumir a titularidade do cargo na ausência do titular.
Imagem
O instrumento jurídico é uma estratégia do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) para ganhar visibilidade junto à opinião pública e se tornar mais conhecido do eleitor rondoniense. Tal estratégia transparece para o eleitor um certo desgaste na imagem na relação institucional e de confiança entre o governador e o vice-governador, bem como da Assembleia Legislativa. Repito: reino dividido não prospera.
Desafio
Na segunda 2ª Sessão itinerante da Assembleia Legislativa de Rondônia realizada em Machadinho d´Oeste, o deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB), que preside o nanico PRTB, fez um desafio ao deputado estadual Laerte Gomes (PSD) para se filiar à legenda e disputar o Palácio Rio Madeira – sede do Governo de Rondônia, nas eleições de 2026.
Peleja
O deputado estadual Laerte Gomes (PSD) deverá ser novamente campeão de votos na busca da reeleição nas eleições de 2026 - imbatível. Em face disso, Laerte não vai trocar o certo pelo duvidoso. Por sua vez, o deputado Marcelo Cruz, que preside o nanico PRTB em Rondônia, seguirá com sua peleja para encontrar nomes para encabeçar a chapa majoritária da legenda.
Bate-boca
Depois do convite do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB) ao deputado estadual Laerte Gomes (PSD), houve bate-boca entre os dois por conta de um pedido de vista de Marcelo à mensagem do governo 821/25 que repassa os recursos do Fitha para 19 municípios que ainda não foram contemplados.
Ripa
Falando em Marcelo Cruz, na discussão do Projeto de Lei 803/25 do governo, destinando R$ 10 milhões para a SEDAM na sessão itinerante da Ale-RO, Cruz, deputado Delegado Rodrigo Camargo (Republicanos) e a deputada Taissa Souza (Podemos), desceram a ripa no governo por conta da destinação de recursos para fiscalização ambiental nas propriedades rurais.
Exigência
Em discurso esclarecedor em relação ao Projeto de Lei 803/25, o deputado estadual Jean de Oliveira (MDB), líder do governo na Ale-RO, saiu em defesa da SEDAM, em especial do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), frisando que o projeto é uma exigência dos órgãos ambientais e de fiscalização e controle no âmbito federal e estadual, não sendo culpa de Rocha.
Disputa
A Prefeitura de Porto Velho e o Tribunal de Contas do Estado – TCE-RO, decidiram pela exclusão da empresa Aurora LTDA., na concorrência da coleta de lixo em substituição à empresa Marquise. Porém, o Ministério Público de Rondônia opinou pela permanência da Aurora na disputa.
Atuante
Reeleito, o vereador Dr. Júnior Queiroz (Republicanos) continua exercendo um mandato parlamentar atuante. Júnior se mobiliza em defesa da realização de operações tapa-buracos nos bairros, reposição de lâmpadas queimadas em diversos pontos da cidade e limpeza de igarapés e canais.
Sério
Falando sério, nas últimas semanas de junho, observei uma inflexão na postura do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) com o Palácio do Planalto. Ambos saíram da posição de centro e deram uma guinada para o extremismo reacionário. Pode haver muita coisa a ser feita por duas vias opostas: Lula fazer concessões ou apostar no embate com Alcolumbre e Motta.
Comentários
Seja o primeiro a comentar!