Publicada em 29/07/2025 às 10h37
Porto Velho, RO – Em entrevista ao podcast Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira em parceria exclusiva com o Rondônia Dinâmica, a deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil) confirmou que foi procurada no passado por diferentes grupos políticos para compor como vice-governadora. Sem citar todos os nomes, ela mencionou explicitamente o atual governador Marcos Rocha como um dos que fizeram o convite formal, além de reconhecer aproximações com o senador Marcos Rogério. “Ele efetivamente não chegou a me fazer um convite, mas teve uma aproximação”, disse.
Durante a conversa, Ieda também foi questionada sobre os rumores de que o vice-governador Sérgio Gonçalves teria articulado, junto a deputados estaduais, a declaração de vacância do cargo de governador durante a prisão de Marcos Rocha em Israel. Segundo ela, “houve boatos”, mas negou ter sido abordada diretamente com qualquer proposta. “A mim, e nessa reunião que eu estava, isso não chegou”, afirmou. Ainda assim, ela reconheceu que a decisão da Assembleia Legislativa de manter Rocha no cargo foi discutida internamente por horas, por se tratar de “uma situação muito inusitada”.
Ieda Chaves também abordou a crise interna no União Brasil. O partido, que hoje tem pelo menos três nomes colocados informalmente como pré-candidatos ao governo de Rondônia — Fernando Máximo, Sérgio Gonçalves e o próprio Marcos Rocha —, pode deixar de contar com a parlamentar nas próximas eleições. “Se a situação ficar exatamente com esse quadro, e a União Brasil lançar um outro candidato a governo, eu acho que fica incompatível”, declarou. Questionada sobre a possibilidade de seguir para o PSDB, atual partido de seu marido, o ex-prefeito Hildon Chaves — que já confirmou a pré-candidatura ao governo —, ela admitiu que a decisão será influenciada por essa definição.
CONFIRA:
A parlamentar também comentou a disputa política em Porto Velho entre o prefeito Léo Moraes e seu antecessor, Hildon Chaves. Segundo ela, o distanciamento seria “mais unilateral”. “Eles conversaram muito antes da eleição. O Hildon fez uma transição transparente. Mas depois que o Léo assumiu, não houve mais aproximação”, declarou. Ieda criticou postagens feitas por Léo Moraes em redes sociais, especialmente em relação à infraestrutura das escolas municipais. “Foi numa escola dizer que a escola não tinha ar-condicionado... Essa era a última escola em fase de licitação”, disse, defendendo o legado da gestão anterior.
Sobre seu mandato na Assembleia Legislativa, Ieda Chaves disse que passou o primeiro ano se dedicando a entender o funcionamento interno do parlamento. “A gente tem que ter humildade para dizer que foi uma coisa muito nova na minha vida”, declarou. Ela destacou que sua atuação é pautada principalmente por emendas para projetos sociais e leis voltadas à proteção animal, como a que proíbe o acorrentamento de animais em condições insalubres e outra que regula a criação e comercialização de cães e gatos em Rondônia. Segundo a deputada, atualmente mantém cerca de 30 animais sob cuidado próprio.
No campo das políticas sociais, a deputada também ressaltou seu trabalho em iniciativas de combate à violência contra mulheres, crianças e adolescentes. Citou a proposta do Maio Laranja, para que quatro secretarias atuem de forma integrada na prevenção e conscientização de abusos. “Onde termina o carinho e começa o abuso? É isso que precisamos ensinar às crianças, com linguagem lúdica”, afirmou.
Ao final da entrevista, Ieda Chaves foi questionada se aceitaria ser candidata a vice-governadora, caso fosse convidada novamente. Ela preferiu deixar a resposta para uma próxima ocasião. “Você provoca, e na próxima eu respondo”, concluiu.



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