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Queimadas florestais influenciaram no aumento de casos de Covid-19, diz pesquisa

Das três áreas consideradas vulneráveis para casos de coronavírus devido às queimadas, duas são em Mato Grosso, onde 14.965 pessoas morreram por causa do vírus

Por G1
Publicada em 29/11/2022 às 16h24

A Covid-19 tirou a capacidade de respiração e, consequentemente, a vida de mais de 689 mil brasileiros desde o início da pandemia, em março de 2020. Mas além da própria periculosidade do vírus, um outro ponto foi capaz de aumentar os casos de infecção e internação: as queimadas.

Esse fato foi comprovado pelo estudo ‘Covid-19 e Queimadas na Amazônia Legal e no Pantanal – aspectos cumulativos e vulnerabilidades’, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado no livro ‘Covid-19 no Brasil’, que mostra um aumento nos casos de coronavírus em regiões onde ocorreram incêndios florestais, como nas áreas da Amazônia Legal e do Pantanal.

Das três áreas consideradas vulneráveis para casos de Covid-19 devido às queimadas, duas são em Mato Grosso, onde 14.965 pessoas morreram por causa do vírus.

O fogo e a Covid-19

Desde 2020, as notícias de destruições por queimadas em áreas florestais da Amazônia Legal e do Pantanal foram cada vez mais comuns, principalmente durante os períodos de seca nos biomas.

Para se ter noção, há dois anos atrás, o Pantanal registrou recorde nos casos de queimadas em 22 anos, tendo 40% do seu território devastado com os 18 mil focos de fogo, como aponta o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).

Enquanto na Amazônia, no mesmo período de 2020, o fogo atingia a vegetação devido à exploração das terras e atos de grilagens, criando quase 80 mil focos de incêndios.

Neste ano, entre os 40 municípios do Brasil que mais sofrem com o impacto do fogo, 16 foram de Mato Grosso, representando 40% do total. Segundo o estudo, a região nordeste do estado foi a mais afetada.

Diante desses números, o Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz, que acompanha a evolução das queimadas na Amazônia e no Cerrado desde 2010, notou uma tendência de aumento de doenças respiratórias nessas regiões, no mesmo período de diminuição de chuvas, queda de umidade, ocorrência de queimadas e contaminações por diversos poluentes.

Esse era o cenário ideal para o aumento do potencial inflamatório da covid-19 nas vítimas que faziam parte das regiões estudadas.

Queimadas e doenças respiratórias

O estudo, desenvolvido por Tatiane Cristina Moraes de Sousa, Sandra de Souza Hacon e Christovam Barcellos, indica que a correlação entre queimadas e casos de Covid-19 pode ocorrer por causa da fumaça, demais poluentes do ar e gases de efeito estufa emitidos durante o processo de queima, como o material particulado – que pode agravar infecções respiratórias e ainda afetar o sistema circulatório nas pessoas expostas.

Estudos preliminares realizados em Pequim, na China, identificaram aumento de 6% no risco de morte pelo coronavírus na região, quando havia exposição prolongada ao material particulado fino, por um período de cinco dias.

Uma outra pesquisa da Fiocruz identificou uma elevação de 30% na internação de crianças por doenças respiratórias na Região Norte do Brasil. Elas moravam próximo à áreas de queimadas, dado que foi comparado com a população residente em outras áreas.

Áreas vulneráveis

O estudo conclui que existem três áreas podem ser consideradas as mais vulneráveis, por terem mais concentração de material particulado e, consequentemente, mais casos de doenças respiratórias e infecção por Covid-19. São elas:

Porção Ocidental da Amazônia Legal – no extremo oeste do estado do Amazonas e ao Estado do Acre;

Arco do Desmatamento no sudeste do Pará e norte de Mato Grosso – porção territorial que engloba unidades de conservação e terras indígenas, como o Parque do Xingu, que têm sido diretamente impactados pelas queimadas;

Bioma Pantanal – região de Mato Grosso foi fortemente afetada pelas queimadas. Além disso, Mato Grosso do Sul, onde o bioma também alcança, foi um dos epicentros da pandemia desde junho de 2020.

Para ilustrar essa correlação, a pesquisa traz duas imagens, mostrando a sobreposição dos focos de queimadas em 2020 com os casos de Covid-19 registrados até o dia 31 de agosto do mesmo ano, levando em consideração grupos de 100 mil habitantes registrados na Amazônia Legal e no Pantanal.

O gráfico mostra a proposta da pesquisa, pois as regiões em roxo escuro da Amazônia Legal, que registraram mais de 16 mil casos de Covid-19, estão justamente nas áreas com maiores focos de incêndio.

O mesmo pode ser visto na ilustração referente ao Pantanal, em áreas de queimadas, que registraram mais de 3 mil casos de infecção pelo coronavírus.

A Amazônia Legal é composta pelos Estados do Acre, Amazônia, Amapá, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Roraima, e o Pantanal por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Por fim, a pesquisa mostra, ainda, que além da ligação com os casos de queimadas, o aumento das doenças cardiovasculares e respiratórias nessas regiões, principalmente em grupos mais vulneráveis como crianças e idosos, também está ligado à precariedade dos serviços de saúde oferecidos nessas localidades.

A manutenção dessas áreas, que são ambientalmente protegidas e que incluem unidades de conservação e até mesmo terras indígenas, também seria fundamental para garantir a saúde do ecossistema e, consequentemente, da população nativa.

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