Por Rondoniadinamica
Publicada em 14/05/2021 às 10h29
Porto Velho, RO – Em 2018, Marcos Rogério foi eleito com pompa de político popularíssimo ao alcançar 324 mil votos, muito à frente do segundo colocado Confúcio Moura, do MDB.
À época, já na campanha, apegava-se ao bolsonarismo com unhas e dentes, isto a despeito de ainda não conhecer de fato o verdadeiro potencial da hoste ideológica que acabou fincando bandeira no Alvorada.
Entretanto, como o Rondônia Dinâmica noticiou à ocasião, o demista passou a ser alvo de críticas tão logo tomou sua primeira decisão equivocada. Ao aliar-se a Renan Carlheiros (MDB-AL) e outros congressistas com intenção exclusiva de barrar a CPI da Lava Toga já no nascedouro, ou seja, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a autoridade, até então respeitada pela ascensão meteórica e votação contundente passou a lidar com o nariz retorcido da sociedade que o impulsionou ao cargo em Brasília.
Agora, dois anos depois de se tornar um dos célebres “coveiros” institucionais da CPI da Lava Toga, Rogério agora tenta lançar sua pá de cal em cima desta que visa investigar a participação do governo federal nas patacoadas relacionadas ao combate do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2).
Ora em polos distintos, Marcos Rogério e Renan Calheiros brigam pela atenção diária de seus pares e também da sociedade brasileira, esta que, por sua vez, acompanha tanto nos canais de comunicação oficiais quanto em trechos reverberados na internet, via redes sociais.
Como pano de fundo, os bastidores indicam uma obviedade que só não grita mais porque em política tudo pode mudar em questão de segundos.
Na cabeça do senador de Rondônia seria possível, sim, ser o candidato de Jair Bolsonaro rumo ao Palácio Rio Madeira em 2022. Aos pouquinhos, se esgueirando, empostando a voz como de costume e capturando o protagonismo dos grandes debates nacionais, Rogério quer mesmo é usar a indumentária verde e amarela torcendo no âmago de sua alma que seu xará seja defenestrado do lugar aconchegante debaixo do braço de Bolsonaro.
O xará, no caso, claro, é Marcos Rocha, o atual mandatário do Executivo estadual.
Ocorre que enquanto luta para ter todos os seus intentos realizados, o congressista passa da conta no personagem e acaba atraindo para si, além do mau-olhado das pessoas de sua terra natal, também o de gente de fora.
Suas incursões atabalhoadas tentando explicar o inexplicável se tornaram objeto de chacota de personalidades conhecidas nacionalmente, como a jornalista Sandra Annenberg, do influenciador digital Felipe Neto, do editor de vídeos Bruno Sartori e até do músico Tico Santa Cruz.
É perceptível que Rogério detém orgulho além da conta e certamente se enxerga no caminho correto, como se fosse o suprassumo da humanidade. Mas geralmente quando a autoestima se eleva demais e acaba voando numa altura mais alta do que a do próprio umbigo, bem, a queda costuma surgir na mesmíssima medida.