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SENADOR DA REPÚBLICA

“Se o Trump cancelar meu visto, estará me fazendo um favor”, diz Confúcio Moura

Publicada em 16/09/2025 às 14:13

Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura (MDB-RO) publicou em seu blog uma reflexão pessoal sobre viagens ao exterior e destacou que não tem mais interesse em retornar aos Estados Unidos. Em tom direto, mencionou que mesmo uma eventual decisão do ex-presidente norte-americano Donald Trump de cancelar seu visto seria indiferente. “Se o Trump resolver cancelar meu ‘visto’ para os Estados Unidos, vou ser sincero: ele estará me fazendo um favor. Não irei mais aos EUA. E digo mais, nem vontade tenho”, escreveu.

Apesar de não citar diretamente o tema, a fala do parlamentar acontece em um momento em que os Estados Unidos vêm adotando medidas contra autoridades brasileiras em decorrência do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos meses, Washington anunciou a revogação de vistos de magistrados do Supremo Tribunal Federal, entre eles Alexandre de Moraes, bem como de familiares e aliados. Também foram aplicadas sanções previstas na Lei Global Magnitsky, que autoriza o congelamento de bens e restrições de entrada a pessoas acusadas de violações de direitos humanos. Além disso, outros ministros e integrantes do governo brasileiro tiveram vistos suspensos, em uma escalada diplomática que passou a atingir diretamente o núcleo de Brasília.

No texto, Confúcio afirmou não sentir falta das ruas movimentadas de Nova Iorque, da Times Square iluminada ou do frio enfrentado em temporadas internacionais. “Nem mesmo o Central Park, onde tanto gosto de caminhar, me desperta mais curiosidade”, acrescentou.

Em contraponto, destacou planos de viagens pelo Brasil, mencionando destinos como o Jalapão, o Lago do Cuniã, o Pico do Tracoá e o Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais. Também citou a intenção de percorrer praias nordestinas e vivenciar a região amazônica, com estadia em Alter do Chão, no Pará. “Quero beber na fonte da nossa cultura, sentir o espírito de Mário de Andrade e Ariano Suassuna, declamar poemas em voz alta”, escreveu.

Confúcio ressaltou ainda a valorização da culinária brasileira em comparação à norte-americana. “Troco sem pestanejar qualquer hambúrguer de metro — desses que lambuzam boca e nariz — por um prato de arroz com feijão e ovo frito por cima, bem brasileiro, sem frescura”, registrou.

Ao final do texto, o senador fez referência ao município de Cerejeiras, em Rondônia, citando uma futura visita ao Parque Corumbiara, onde pretende observar a fauna local e reencontrar conhecidos.

“Alô, Dimas, lá de Cerejeiras, em Rondônia! Pode me esperar, que logo mais vamos correr pelas estradinhas do Parque Corumbiara, admirar cervos, cobras, lobo-guará, onças… e, claro, fotografar aqueles 200 hectares de buritizais”, escreveu, concluindo com uma saudação descontraída: “E aí, meu irmão, é servido uma tigela de açaí com farinha d’água?”.

CONFIRA O TEXTO:

Meu visto americano

Por Confúcio Moura 

14/09/2025 

Se o Trump resolver cancelar meu “visto” para os Estados Unidos, vou ser sincero: ele estará me fazendo um favor. Não irei mais aos EUA. E digo mais, nem vontade tenho.

Não sinto falta de caminhar pelas calçadas estreitas de Nova Iorque, sempre abarrotadas de gente apressada, nem de encarar a badalada Times Square com aquele excesso de luzes piscando. Museus e catedrais medievais já vi aos montes — e, convenhamos, também já passei frio suficiente em viagens. Nem mesmo o Central Park, onde tanto gosto de caminhar, me desperta mais curiosidade.

O que quero agora é rodar pelo Brasil. Conhecer nossos parques, nossas chapadas. Ir ao Jalapão, visitar o Lago do Cuniã, subir o Pico do Tracoá. Explorar as praias do Nordeste de ponta a ponta. E, claro, dar uma parada em Brumadinho, no Inhotim, onde a arte e o jardim botânico se encontram em um espetáculo só. Sem falar em navegar pelos rios da Amazônia e passar uma boa semana em Alter do Chão, no Pará, que é praticamente um Caribe caboclo.

Quero beber na fonte da nossa cultura, sentir o espírito de Mário de Andrade e Ariano Suassuna, declamar poemas em voz alta. Estou, francamente, cansado de museus de tortura, filas intermináveis e de bater perna embaixo de frio cortante ou sol de rachar.

E tem mais: troco sem pestanejar qualquer hambúrguer de metro — desses que lambuzam boca e nariz — por um prato de arroz com feijão e ovo frito por cima, bem brasileiro, sem frescura. Negócios nos EUA? Nenhum. Sinceramente, quero desfrutar o que temos de melhor por aqui.

Se Trump insiste em “América para os americanos”, que seja. Ele que fique com o pedaço dele. Eu fico com o nosso, que é mais generoso, mais bonito e, sobretudo, mais nosso.

E já deixo aqui meu recado: alô, Dimas, lá de Cerejeiras, em Rondônia! Pode me esperar, que logo mais vamos correr pelas estradinhas do Parque Corumbiara, admirar cervos, cobras, lobo-guará, onças… e, claro, fotografar aqueles 200 hectares de buritizais.

E aí, meu irmão, é servido uma tigela de açaí com farinha d’água?

Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica

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