Publicada em 15/10/2025 às 11h15
O cessar-fogo em Gaza e o retorno dos reféns a Israel põem o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de frente para a realidade adiada nos últimos dois anos: o acerto de contas sobre a maior falha de segurança da história do país — o massacre de 7 de outubro de 2023, realizado pelo Hamas em solo israelense.
Até agora, o premiê se eximiu da responsabilidade do dia mais mortal para os judeus desde o Holocausto e jogou a culpa nos serviços de Inteligência e nas forças de Defesa, que estão sob o seu guarda-chuva.
A investigação foi adiada pela guerra em Gaza, assim como o julgamento que ele enfrenta desde 2020 em três processos de corrupção e pode lhe render até 10 anos de prisão. As audiências vêm se arrastando, e o premiê tem obtido êxito em postergá-las pelos mais variados motivos.
Nesta quarta-feira (15), por exemplo, ele alegou estar resfriado e com tosse para solicitar que a audiência terminasse mais cedo e foi atendido pelos juízes. Primeiro-ministro mais longevo do país, Netanyahu precisa manter-se no cargo para resistir aos processos.



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