Publicada em 20/05/2025 às 16h04
O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (20), que vai retirar US$ 60 milhões — cerca de R$ 339 milhões de reais — da Universidade de Harvard porque a instituição “falhou em combater o assédio antissemita e a discriminação racial”.
O anúncio foi feito pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país.
Desde o início do mandato, o governo acusa a universidade de descumprir obrigações previstas na legislação de direitos civis, que é uma condição para receber recursos públicos. Também alega que a ideologia política está sufocando a liberdade intelectual no campus.
A campanha de Trump tem mirado instituições acusadas de tolerar antissemitismo por conta de protestos pró-Palestina nos campi.
Na últimas duas semanas, o governo do Donald Trump já havia retirado ou pausado mais de US$ 2,6 bilhões da universidade.
Harvard, a universidade mais antiga dos EUA, que fica em Cambridge, Massachusetts, vem enfrentando uma série de retaliações do governo após se negar a atender exigências feitas. A administração federal tem pressionado instituições a adotarem uma agenda política alinhada ao presidente.
A força-tarefa antissemitismo montada pelo governo citou o que descreveu como uma falha da universidade em confrontar o que chamou de "discriminação racial generalizada e assédio antissemita que assolam" o campus".
"Há um problema obscuro no campus de Harvard e, ao priorizar a conciliação em detrimento da responsabilização, os líderes institucionais perderam o direito da escola de receber apoio dos contribuintes", disse a força-tarefa em uma declaração conjunta.
Procurada pela agência de notícias Reuters, a Harvard não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
No começo do mês, o presidente Donald Trump chegou a afirmar que iria tirar o status de isenção fiscal da universidade em um post na Truth Social.
"Vamos tirar o status de isenção fiscal de Harvard. É o que eles merecem!", escreveu.
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