
Publicada em 05/05/2025 às 14h00
BR-364 – Em períodos de safras de grãos (soja, milho, café) o movimento de veículos pesados (carretas, bitrens, treminhões) é intenso na principal rodovia federal que corta Rondônia a BR 364. A maioria dos veículos vai para o porto graneleiro no Rio Madeira, em Porto Velho, para exportação dos grãos. O Estado é o maior produtor de gado de corte e está na área livre de febre aftosa sem vacinação e também exporta carne. Cerca de 2,5 mil veículos pesados trafegam no trecho Vilhena a Porto Velho com aproximadamente 700km, além de os veículos de passeio. A rodovia foi construída nas décadas de 60/70, quando uma carreta, na época, transportava cerca de 20 toneladas. Hoje temos veículos do gênero com cargas acima de 50 toneladas e o alicerce é o mesmo, apesar de todos os anos remendado com os tapa-buracos, que enchem os bolsos das empreiteiras e não resolvem a situação da rodovia.
BR 364 II – Rondônia tem um clima diferenciado das demais regiões. Tem somente o Inverno (chuvas diárias durante meses) como agora, que está terminando este mês, e o Verão (seca ao longo de meses). O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) interditou uma das pontes sobre o Rio Candeias, em Cadeias do Jamari, na ligação em pista dupla com Porto Velho. A ponte interditada é a antiga, que estaria com problemas de infraestrutura. A ação preventiva do DNIT é oportuna, mas tardia, pois deveria ocorrer todos os anos, pois a ponte é a mesma construída nas décadas 60/70, e certamente não tem suporte para atender a demanda de veículos (quantidade e peso) de hoje. As demais pontes ao longo do trecho da rodovia, devem receber o mesmo tratamento, preventivo, mesmo que tardio. Não será necessária uma tragédia, para que as devidas providências sejam tomadas.
Ferrovia – O Brasil já foi um País onde as ferrovias chegavam junto com o progresso e o desenvolvimento de cada região. No Estado de São Paulo, por exemplo, existem ferrovias como a Paulista, Noroeste, Sorocabana e Araraquarense, que integram o Estado com custo baixo, segurança e rentabilidade maior para a economia regional. Rondônia já teve a sua ferrovia, a Madeira-Mamoré, ligando Porto Velho a Guajará-Mirim, hoje desativada. Mas já está sendo trabalhada a ligação Brasil com o Pacífico, o Corredor Bioceânico com ligação direta com a Ásia, A China acelera o megaprojeto, que conecta o Brasil ao Pacífico direto com a Ásia.
Ferrovia II – O projeto ambicioso, está sendo trabalhado em Rondônia, por um empresário-advogado e prevê 4.400 km de ferrovia cruzando o Brasil até o Peru terminando no Porto Chancay, que está passando por modernização pelos chineses. O objetivo é reduzir custos logísticos, acelerar exportações e tirar o Brasil da dependência do Canal do Panamá. O tempo estimado até a China oscila de 20 a 30 dias, segundo o projeto. O traçado é ousado e envolve Rio de Janeiro, Goiás e Rondônia, na fronteira com o Peru-Pacífico-China. O empresário-advogado, que diremos o nome nas próximas colunas, garante que existem recursos financeiros disponíveis para viabilizar o projeto. Quem viver verá...
BR 319 – A rodovia liga Porto Velho a Manaus, única ligação rodoviária entre as duas capitais. Um trecho de Porto Velho, da Avenida Jorge Teixeira é transformado na BR 319 e os veículos pesados disputam espaços com automóveis e motocicletas. Recentemente o DNIT, atendendo pedido do prefeito Leo Moraes (Podemos) publicou edital limitando o tráfego pesado em horários de pico, mas a portaria foi revogada, antes de entrar em vigor no dia 1º deste mês, alegando a necessidade de promover um estudo aprofundado sobre a situação, pois o porto graneleiro do Rio Madeira, em Porto Velho é fomentado por milhares de veículos pesados/dia e tem o trecho da 319 como opção. Não basta limitar o trânsito em horários de pico, mas sim um trajeto seguro, para que os veículos pesados cheguem ao destino com segurança e, o mesmo com os de passeio no trecho da Jorge Teixeira transformada em BR. A Bancada Federal (senadores e deputados), omissa sobre a situação crítica do trecho, que não é de hoje, mas sim de anos, está sendo cobrada, com razão. O problema é complexo e exige coerência e responsabilidade, pois não é hora de saber quem é culpado ou inocente, mas sim de solução.
Respigo
O naufrágio do barco hospital Walter Bártolo, do governo de Rondônia, que ocorreu na última semana em Guajará-Mirim e usada no atendimento do povo ribeirinho e indígenas precisa ser muito bem investigado. O incidente aconteceu de madrugada e sem ninguém a bordo +++ A embarcação custou mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos e estava atracada às margens do Rio Guaporé. Consultórios médicos, salas de enfermagem, triagem, nebulização, procedimentos e curativos eram realizados no barco, que também tinha uma farmácia, laboratório de coleta, cozinha e lavanderia +++ O Flamengo tropeçou e perdeu (2x1) o jogo para o Cruzeiro, no Mineirão no domingo (4). Como o Palmeiras venceu (0x1) o Vasco na Arena Mané Garrincha em Brasília, está na liderança isolada do Brasileirão Série A com 16 pontos, Flamengo 14; Bragantino (13), Cruzeiro (13) e Fluminense (13) ocupam segunda, terceira, e quarta e quinta colocações +++ Vários vereadores de Porto Velo formatam candidatura a deputado estadual no próximo ano. Mas também há nomes dispostos a enfrentar a Câmara Federal, assunto que iremos explora na coluna durante a semana.
