Publicada em 23/02/2024 às 11h01
O assíduo leitor dos fatos que acontecem em Rondônia, Norte do País, sabe que a região tem um clima diferenciado. Sãos duas as estações climáticas, não quatro como nas demais. A atual, o inverno é quando praticamente chove todos os dias durante seis meses, e o verão com início em maio, com seis meses de seca, quando chove muito pouco.
Em 2023 a estiagem causou sérios prejuízos para a região, inclusive secando vários dos muitos rios e, até o Madeira, um dos maiores do planeta ficou com a navegação suspensa durante a noite durante um bom período, e limitada durante o dia, com navios e barcaças navegando com dificuldades e transportando carga mínima.
Além da navegação, que predomina na região, Manaus, capital do Amazonas, com mais de 3 milhões de habitantes tem somente a BR 319, construída na década de 70 como opção rodoviária com os demais Estados. Os últimos meses de 2023 foram difíceis para os moradores de Manaus e do povo ribeirinho, que vivem às margens do Madeira e dos demais rios amazônicos. Comunidades tiveram problemas com água potável, pois os rios não ofereciam condições de navegação, secaram como as fontes.
Com a navegação prejudicada a opção é a 319, mas a arrogância e prepotência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva mais uma servidora das ONGs, que determinam o que pode e não pode na Amazônia, como se fossem donatárias, Manaus teve dificuldades com o abastecimento, inclusive de alimentos, pois é impossível, sem a navegação pelo Rio Madeira atender a demanda da cidade e da região polarizada por ela, por aviação.
Previsões dos institutos meteorológicos são que este ano teremos uma seca mais prolongada, que a de 2023 e isso é por demais preocupante, pois a BR 319 não oferece condições de tráfego seguro e permanente e as ONGs querem interditar, acabar com a rodovia, não, repavimentar o chamado “meião”.
O deputado federal Plínio Valério (PSDB/AM) demonstrou sua indignação, publicamente, rebatendo pesquisa de cientistas brasileiros (sic) sobre o risco de disseminação de doenças de origem animal a partir do reasfaltamento do trecho da BR 319 (Manaus-Porto Velho) com cerca de 900 quilômetros. “Eles sequer notam que a rodovia foi aberta”, um absurdo.
O desconhecimento dos “cientistas” da “selva de pedra”, que nunca conviveram com uma malária e nem conhecem animais amazônicos, somente por fotografias é evidente. “Dentre as imbecilidades que a gente ouve sobre a Amazônia, sempre tem imbecis, cientistas que se dizem cientistas, falando bobagem, falando besteira. A Amazônia já foi condenada. Disseram que no ano 2000 não passava de um areal. Nada disso é cobrado depois”, esbravejou o senador. Segundo ele, “esses imbecis, brasileiros, que retransmitem, que divulgam essas imbecilidades, têm que entender que a rodovia está aberta. Não se vai derrubar uma só árvore”.
De fato, o deputado Plínio Valério está coberto de razões. As dificuldades que famílias passaram em 2023 devido à seca prolongada e perspectiva de estiagem maior para este ano devem ser analisadas e de a necessidade de tomar providências já, pois até água potável, que é abundante na Amazônia faltou para o povo ribeirinho e Manaus esteve bem perto de um colapso social devido à escassez de alimentos.
A principal delas a restauração da BR 319.