Publicada em 04/11/2023 às 10h33
Não é acaso. Em outubro do próximo ano teremos eleições municipais (prefeitos e vereadores) e a Prefeitura de Porto Velho é o cargo público municipal mais cobiçado na política regional. Ao menos uma dezena de nomes, a maioria com densidade eleitoral suficiente para reivindicar o cargo, hoje ocupado pelo prefeito Hildon Chaves (Sem Partido), que foi reeleito para um segundo mandato em 2020 são citados com frequência. Mas quem tiver o seu apoio terá um caminho menos difícil.
As eleições municipais estão a menos de 11 meses, mas em Porto Velho os bastidores estão aquecidos com as lideranças políticas buscando a formatação de nomes, para enfrentar a difícil missão de se eleger prefeito da capital, um sonho de muitos políticos, mas um privilégio de poucos. Hoje, quem tiver o afago político de Hildon Chaves certamente terá uma boa parte do caminho rumo ao Paço Municipal Tancredo Neves facilitado, ou amenizado, ou menos difícil.
Hildon foi eleito em 2016 de forma surpreendente, pois nunca tinha participado do processo político-partidário. A um mês das eleições não tinha dois dígitos nas pesquisas, mas iniciou um movimento de ascensão, que o levou ao segundo turno a uma vitória incontestável sobre um candidato forte, como Léo Moraes, hoje na direção do Detran-RO, mas na época deputado estadual, que já tinha passado pela vereança na capital.
Mesmo sem experiência na política, Hildon conseguiu realizar obras importantes no primeiro mandato, com destaque para a pavimentação de ruas e avenidas no centro e nos bairros. Também teve boa atuação no atendimento aos Distritos e na recuperação e preservação das estradas vicinais. Porto Velho tem mais de 7 mil quilômetros de estradas vicinais, uma viagem de ida e volta a Londrina, no Paraná, por exemplo.
Porto Velho é o maior produtor de gado de corte do Estado e caminha rapidamente para ocupar o topo na produção de soja e milho. Também merece destaque a opção pelo ex (deputado estadual, deputado federal, prefeito) Carlos Magno, que assumiu a Secretaria da Agricultura do município e vem realizando um trabalho dos mais eficientes, porque é, além de político experiente, um profundo conhecedor da agricultura e da pecuária. Hildon colocou a pessoa certa. no lugar certo.
Na saúde, um segmento muito difícil na administração, as ações são positivas com a Policlínica Ana Adelaide dando conta do recado, assim como os postos de saúde nos bairros e distritos. Sua administração superou com eficiência a pandemia provocada pelo covid-19. O transporte coletivo urbano, que sempre foi problema em administração anteriores, hoje atende com eficiência a população de menor poder aquisitivo, que depende do ônibus, para chegar ao trabalho, a escola, às compras.
Outra marca importante da atual administração de Porto Velho. São quase sete anos sem denúncias de corrupção, escândalos. Há que se admitir, que seriedade e trabalho na administração pública não é favor, mas obrigação. Ocorre que em um País, onde impera a corrupção e a impunidade, quem administra com seriedade, transparência acaba sendo exceção, infelizmente.
Não há como ignorar o relacionamento entre prefeito e vereadores. Hildon sempre teve apoio significativo no legislativo municipal, uma necessidade na administração pública, para que tudo ocorra dentro de um equilíbrio administrativo. Houveram divergências, o que é normal e necessário, pois parceria não quer dizer conivência e a democracia não pode ser ignorada.
O bom desempenho no comando da prefeitura mais importante do Estado favoreceu a reeleição de Hildon em 2020, apesar de uma vitória apertada no segundo turno, na disputa com a ex-vereadora, Cristiane Lopes, que é comprovadamente boa de voto. Dificuldade que também valorizou a vitória, pois Cristiane, dois anos depois se elegeu deputada federal, está no primeiro ano de mandato e já se destaca na Câmara Federal.
No final do ano, Hildon estará completando o terceiro ano do segundo mandato e deverá entregar, antes de deixar o cargo, uma das obras mais reivindicadas pela população de Porto Velho, que é a Nova Rodoviária, em fase de construção, após anos e anos de espera. A antiga rodoviária, que foi demolida, era ultrapassada, insuficiente para atender a demanda, além de servir de ponto de encontro a drogados.
Outra obra que certamente marcará e forma expressiva na administração Hildon Chaves foi anunciada esta semana. A construção do Pronto Socorro Municipal. Porto Velho é a única capital brasileira, que não tem um PS municipal. Isso contribuiu para as dificuldades do PS João Paulo II, mantido pelo Estado, que não consegue atender a demanda de pacientes. Quase sempre eles estão em macas no chão dos corredores, mas é importante que seja destacado, que são atendidos, graças ao esforço incomum das equipes médica e de enfermagem, além do pessoal administrativo. São verdadeiros heróis e estão diariamente salvando vidas.
A elevada demanda do JP II também ocorre em razão de a unidade atender pacientes do interior, do Amazonas e da Bolívia, além do elevadíssimo índice de acidentes com motocicletas, que ocorre na capital. A maior demanda de pacientes do JP II é de acidentados no trânsito, quase sempre com fraturas e traumatismo craniano.
Como temos pouco mais de um ano da administração Hildon Chaves em Porto Velho, há que se admitir, que um dos graves problemas da capital, que ele e sua equipe não conseguiram resolver, apesar de ser fundamental é o saneamento básico. Porto Velho tem menos de 5% de rede de esgoto no centro, e a estação de tratamento é o Rio Madeira. Água encanada e tratada na região central e em vários bairros, somente dia sim, dia não.
O saneamento básico, que é um problema de a maioria dos municípios de Rondônia é um sério problema, que Hildon e sua equipe não conseguiram resolver e o principal desafio do próximo prefeito, pois é inadmissível, que em pleno Século XXI as famílias são obrigadas a conviver com um poço de água potável e uma fossa cética no mesmo quintal.
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