Publicada em 27/04/2023 às 14h47
As apostas esportivas online se tornaram um segmento bastante popular no Brasil, e somente no primeiro trimestre deste ano, os brasileiros gastaram aproximadamente US$ 2,7 bilhões nas plataformas que oferecem esse tipo de serviço.
De acordo com o Banco Central, desse montante, US$ 600 milhões permaneceram com as operadoras de palpites como parte dos seus rendimentos, enquanto US$ 2,1 bilhões foram utilizados como fundo para pagar os vencedores das apostas.
Pelo que foi revelado, US$ 1,7 bilhão retornou para o Brasil como prêmios para os vencedores que acertaram os palpites e ainda residem no país. E a expectativa agora é que esse mercado continue em desenvolvimento, e que em pouco tempo possa movimentar aproximadamente US$ 11 bilhões por ano.
Esses dados foram conseguidos após a verificação do balanço de pagamento realizada pelo Banco Central, e essa estatística tem sido feita desde o ano passado. Contudo, já é sabido que ela não é totalmente exata e os valores movimentados no setor das apostas podem ser maiores. Anteriormente, os valores pagos às plataformas de apostas que funcionam fora do país eram contabilizados junto às compras de pequeno valor, e em 2022 o montante totalizou US$ 5,012 bilhões.
Mas, recentemente, entrou em vigor uma nova lei cambial e o Banco Central passou a exigir que os pagamentos a plataformas de apostas internacionais fossem informados. Com isso, a instituição tem conseguido dados mais críveis em relação aos valores movimentos em apostas internacionais.
Com um valor tão elevado sendo movimento em apenas um trimestre, fica cada vez mais clara a importância da regulamentação das apostas esportivas e outras modalidades de jogatina no Brasil. Atualmente, a regulamentação dos palpites em eventos esportivos parece bem próxima, sendo que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já revelou que os cofres públicos podem arrecadar até R$ 15 bilhões anualmente com esse mercado.
Alguns especialistas no assunto defendem que esse valor só deve ser alcançado se a lei também cobrir os cassinos online, que têm se mostrado tão populares quanto as apostas esportivas — na maioria dos casos, ambos os serviços são oferecidos pela mesma operadora. O nicho da jogatina digital se tornou tão popular no país, que o cassinos.info lista cassinos que dão giros grátis no cadastro, de forma que os usuários interessados em se aventurar nesse universo possam testar os serviços de diferentes operadoras antes de realizar qualquer depósito substancial. O site também lista outras promoções interessantes, assim como quais são os melhores métodos de pagamento.
Clubes querem repasse maior
A regulamentação das apostas esportivas está bem próxima e faltam poucos detalhes para que a Medida Provisória (MP) que trata sobre o tema seja divulgada. Sendo que, até o momento, várias informações sobre ela já foram reveladas por membros do governo.
Uma das informações que mais chamaram a atenção foi a taxa que pretende ser cobrada das operadoras de apostas esportivas que pretendem atuar no Brasil. Pelo que foi revelado, haverá uma taxação de 15% do Gross Gaming Revenue (GGR), que nada mais é que o valor angariado pelas empresas que atuam no ramo, menos a quantia paga em prêmios para os apostadores.
Na Lei 13.756 de 2018, que legalizou as apostas esportivas no Brasil, havia a previsão da taxação das empresas em somente 5% do GGR, sendo que 1,63% seria repassado para os clubes de futebol do país. Mas, sabendo do aumento considerável na taxação, representantes dos principais clubes do Rio de Janeiro e São Paulo, também pediram que o repasse fosse elevado.
Segundo os representantes dos clubes, os times de futebol são os principais responsáveis por despertar o interesse das pessoas em apostar nas plataformas, com isso, eles querem que 5,01% do GGR seja repassado para os times, sem qualquer intermédio da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Além disso, eles destacam que os valores serão repartidos entre as equipes de acordo com a quantidade de apostas realizadas nas partidas daquelas envolvidas.
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