Publicada em 14/02/2023 às 13h42
Nascido em Manaus, mas vivendo a maior parte de sua vida em Porto Velho, o jornalista, atleta e autêntica lenda do esporte rondoniense Walter Santos Barbosa faleceu nesta madrugada num hospital da capital depois de uma dura luta contra um câncer.
O velório estará acontecendo a partir das 11 horas desta terça-feira, na capela da funerária Dom Bosco (esquina da Getúlio Vargas), com previsão do sepultamento, que acontecerá no Recanto da Paz (em frente ao campus da UNIR) às 15 horas.
Walter Santos, falecido aos 82 anos – faria 83 em abril próximo, deixa a esposa sra. Maria Alencar Barbosa, e os filhos Wanda, Wania, Wanderlan e Wanja, além de nove netos e uma bisneta.
Walter era católico praticante e durante algum tempo frequentou o Grupo do Terço dos Homens, na capela de São Francisco. Em 2011 Walter Santos recebeu a maior comenda do estado, a Ordem do Mérito Marechal Rondon pelos seus trabalhos realizados no esporte e no jornalismo.
O ATLETA
De uma família de desportistas, seus irmãos Eliezer e Chico Santos foram atletas também de futebol, integrantes da seleção do então Território do Guaporé em Campeonatos Brasileiros em diversas vezes, Walter seguiu a trilha e destacou-se em vários clubes locais.
Walter – que os amigos chamavam “Waltinho”, participou inclusive com um golaço, de falta, da única vez em que um time de Rondônia jogou no Maracanã, pelo Moto Clube empatando 3x3 contra uma seleção formada pelos times Bonsucesso e Madureira, que disputavam o campeonato carioca.
O jogo foi na preliminar de Brasil 6x2 Colômbia, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1970, e o Moto Clube tornou-se, naquele 21 de agosto, o primeiro time da Amazônia Ocidental a jogar no “Maior do Mundo”.
Walter Santos teve grande participação ainda no futebol, e no futsal, inclusive realizando torneios, como aconteciam no Campo do 13 (Embratel) com grupos de várias idades, sendo presença constante em várias dessas equipes.
O JORNALISTA
Walter Santos foi jornalista durante muitos anos, e ainda recentemente apresentava um programa radiofônico voltado ao esporte. Flamenguista “doente” ele não abria mão de torcer pelo seu time, e atuou muitos anos no jornalismo esportivo.
Nesse caso foi um dos fundadores da Equipe G-35, como era conhecido o grupo que atuava na área esportiva da Rádio Caiari (Porto Velho), narrando não só futebol mas também partidas de outros esportes, especialmente no vôlei.
Em 1979 quando Rondônia foi pela primeira vez campeão brasileiro de voleibol (infanto-juvenil masculino, em São Luís – tem até uma história da transmissão feita por ele mas essa eu conto depois), ele era chefe da delegação rondoniense e narrou para a Caiari a decisão, Rondônia 3x0.
O DIRIGENTE
Em 1976, quando um grupo de desportistas fundou a Federação Rondoniense de Voleibol, FRV, Walter Santos já dirigia o Departamento de Voleibol da Federação de Desportos de Rondônia.
Naquela época Walter liderou um grupo do qual faziam parte o major EB Luiz Pinto, o secretário Municipal de Administração Chiquilito Erse, o jornalista João Tavares, os professores Francisco Cardoso, Ricardo Canto e Danilo Pires, eu mesmo e alguns outros que não lembro.
Na ocasião foi fundada a Federação de Voleibol de Rondônia que em 1978 participou de sua primeira competição, nos naipes masculino e feminino, no Paraná, tendo como técnicos Cardoso e Gil Pinheiro, que a seguir dirigiram as seleções locais em várias oportunidades.
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