Publicada em 27/12/2022 às 09h59
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou nesta terça-feira (27) que seu governo não vai mostrar misericórdia com os inimigos, em relação ao manifestantes que há mais de 100 dias protestam pelos direitos das mulheres no país.
A declaração foi dada durante uma cerimônia na Universidade de Teerã, em meio à convulsão social provocada pela morte de Mahsa Amini, em setembro, vítima da polícia moral iraniana por usar o véu islâmico incorretamente.
“Não teremos piedade com elementos hostis”, ameaçou Raisi, que definiu a onda de protestos como um “distúrbio”. Ativistas pelos direitos humanos estimam que pelo menos 507 pessoas morreram nas manifestações, enquanto entre 14 mil e 16 mil foram presas.
“Hipócritas, monarquistas, correntes contrarrevolucionárias e todos aqueles prejudicados pela revolução se uniram aos protestos”, disse o presidente ultraconservador.