Publicada em 29/04/2022 às 14h32
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse na quinta-feira (28) que a aliança militar do Ocidente está pronta para ajudar a Ucrânia durante anos na guerra causada pela Rússia.
Essa ajuda, segundo Stoltenberg, pode ser, inclusive, substituindo armas antigas da era soviética por equipamentos ocidentais modernos. A declaração dele veio após o Kremlin afirmar que o Ocidente atrapalha em possíveis negociações de paz quando fornece armamento à Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou, ainda, para um “risco real” de uma Terceira Guerra Mundial caso os Estados Unidos e a Europa continuem abastecendo as forças ucranianas.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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