Abusos – Os supermercados estão entre os maiores beneficiados com a crise econômica, social e política causada pelo coronavírus. Não fecharam em nenhum momento e, como alimento é fundamental para preservar a vida estão faturando alto, inclusive otimizando preços. Mas há abusos em um setor que poderia ser mais cuidadoso, eficiente e responsável no atendimento ao consumidor, que compra de forma compulsória, pois não tem alternativas e está temeroso. Hoje ele não tem a opção das mercearias, empórios, o pequeno comércio que existia na maioria dos bairros e que equilibrava a situação. Ou estão fechados por força de decreto ou quebrados, devido à crise.
Abusos II – Ontem recebemos denúncia de uma pessoa moradora em Porto Velho, de supermercados da capital, inclusive citando o nome da rede e o endereço onde constatou o problema. Disse que a desorganização é grande, que não se obedece ao limite de distanciamento de pessoas dentro do estabelecimento e a dedetização dos carrinhos não é executada. De fato, os supermercados, principalmente das grandes redes estão desde a abertura ao público no início da crise com excesso de pessoas. E não é preciso ser expert em estatística para constatar o problema, pois os estacionamentos estão a todo momento praticamente sem vagas e os corredores tomados por pessoas. É preciso fiscalizar e agir, pois a pandemia vem crescendo de forma preocupante na capital.
Corruptos – No Paraná o Tribunal de Contas constatou, que mais de 10.600 servidores públicos municipais de 388 prefeituras meteram a mão no benefício emergencial distribuído pelo governo federal de R$ 600 e em alguns casos de R$ 1,2 mil. Não consta que esses servidores irresponsáveis tiveram salários reduzidos ou perdido o emprego. O ato corrupto caracterizou apropriação indébita de cerca de R$ 7,3 milhões dos cofres públicos somente no Paraná. O mesmo ato lesivo pode ter ocorrido em outros estados (um alerta para o TC-RO). É a triste realidade de um país onde a corrupção está no sangue da maioria da população. Pobre País rico...
Shopping – A situação da maioria dos estabelecimentos comerciais do Porto Velho Shopping, com mais de 200 lojas antes da pandemia não é das melhores. Há meses fechado certamente teremos nas primeiras semanas de reabertura, não se sabe quando, uma quebradeira geral com problemas diretos para a economia da capital e do interior do Estado. O problema não está limitado ao fechamento, ou não, das lojas, mas porque o público consumidor não tem –e não terá– condição financeira para poder comprar. O futuro do setor não é dos mais otimistas e previsão de demissões em massa.
Prefeito – Na coluna do último dia 27 publicamos, que pelo menos nove pré-candidatos estariam dispostos a concorrer a prefeito de Porto Velho, nas eleições municipais (prefeito, vice e vereador), que foram adiadas de outubro para dezembro próximo em razão da crise mundial provocada pelo coronavírus. Dentre os nove não está o nome do ex-prefeito e atual deputado federal, Mauro Nazif, que preside o PSB no Estado. Ocorre que Nazif, já disse publicamente, que não pretende concorrer à prefeitura, pois deverá optar por uma reeleição à Câmara Federal em 2022. O potencial de votos de Nazif está no funcionalismo federal e, uma candidatura a prefeito, não seria bem aceita pelos seus eleitores. E não se reelegeu em 2016, porque sua administração foi sofrível.
Respigo
Céu carrancudo hoje (29) e ontem em Porto Velho com muitas nuvens, mas com calor forte de 31 graus durante o dia. Quem não conhece a região aposta que é prenúncio de chuvas, mas se engana, pois estamos em verão amazônico (seca) +++ Chuvas somente com o inverno amazônico que inicia sempre no último trimestre de cada ano. Água nos próximos meses somente nos rios, igarapés, piscinas e no chuveiro +++ Como estamos chegando ao final do mês a expectativa é de a possibilidade de o governo do Estado publicar decreto relacionado a situação de calamidade pública. Há esperança de reabertura de boa parte do comércio, há meses de porta fechado devido a pandemia +++ O problema é que o vírus continua avançando e inibindo qualquer alternativa mais ousada. Mas também é notória a crise geral, que só é menos agressiva nos supermercados, farmácias e comércios de produtos essenciais, mas com o passar do tempo, sem que se encontre uma vacina o que não está bom tende a piorar.
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