OPINIÃO O que a concessão da BR-364 nos ensina antes de Rondônia assinar contrato bilionário de água e esgoto com empresa na mira de investigações Publicada em 12/08/2025 às 10:20 PORTO VELHO (RO) - A concessão da BR-364 foi amplamente criticada pela sociedade, pela bancada federal e por setores econômicos de Rondônia. Não por causa do pedágio — que ainda nem começou —, mas pelo modelo assinado, considerado injusto e insuficiente diante das necessidades da rodovia. O problema é que essas críticas vieram depois que o contrato já estava fechado, quando a margem de mudança era mínima. Tentou-se “Trocar o pneu com o carro andando”. + CPI que investiga atuação da Aegea em Ariquemes cobra ação do MP: “Empresa precisa ser responsabilizada”+ AEGEA, empresa cotada para assumir saneamento em Rondônia, tem histórico de críticas e CPI em Manaus + Empresa cotada para substituir a CAERD é alvo de CPI em Ariquemes; população denuncia água barrenta e multas indevidas Esse erro não pode se repetir com a concessão dos serviços de água e esgoto no estado. O leilão, estimado em R$ 5 bilhões e com validade de 35 anos, abrangerá 42 municípios — após Cacoal, Vilhena e Alvorada do Oeste solicitarem formalmente ficar de fora. A favorita para vencer é a AEGEA, gigante do setor presente em vários estados e com um histórico que exige investigação criteriosa. O primeiro passo de fiscalização já foi dado na Assembleia Legislativa, quando uma deputada solicitou informações detalhadas sobre o processo e reforçou: “É dever desta Casa impedir que a população seja surpreendida”. + Cotada para substituir a CAERD, AEGEA entra na mira da Assembleia: “É dever desta Casa impedir que a população seja surpreendida” + AEGEA, cotada para substituir a CAERD, acumula críticas por má prestação de serviços no Rio Grande do Sul e Piauí e acende alerta em Rondônia Não faltam alertas sobre a AEGEA: no Rio Grande do Sul, usuários reclamaram de tarifas abusivas, interrupções no abastecimento e trocas injustificadas de hidrômetros; no Piauí, moradores denunciaram água “escura e espessa”; em Manaus, a empresa foi alvo de CPI por falhas graves; e em Ariquemes (RO), é investigada por água barrenta, multas indevidas e atendimento precário. Mais recentemente, no Pará, venceu sozinha um leilão de saneamento com ágio simbólico, levantando questionamentos sobre competitividade. Ainda há tempo para questionar, exigir e fiscalizar. Isso significa debater publicamente o modelo de concessão, garantir cláusulas de desempenho rigorosas, prever punições severas por descumprimento e, principalmente, ouvir a população que será diretamente afetada. A lição da BR-364 é clara: quando se deixa para agir depois da assinatura, o espaço para corrigir injustiças desaparece. No saneamento, a conta será mensal e inevitável — e, se for mal feita, não haverá desvio ou rota alternativa. É agora que Rondônia precisa agir, antes que seja tarde demais. Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica Leia Também Feirão do Emprego e Empreendedorismo supera todas as expectativas em Porto Velho BR-364 como alerta para contrato bilionário de saneamento com empresa investigada Ucrânia terá de ceder território para Putin, insiste Trump ONU e esquerda exigem libertação de ativista crítica a Maduro que foi presa na Venezuela Putin rompe defesa no leste da Ucrânia antes da cúpula com Trump Twitter Facebook instagram pinterest