Publicada em 02/12/2025 às 13h40
Entidades sindicais de Rondônia receberam, na tarde desta segunda-feira (1º de dezembro), cinco parlamentares que compõem a bancada federal do estado no auditório do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Rondônia (SINJUR), para um amplo diálogo sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 38/2025. A matéria, que trata da Reforma Administrativa, tem gerado grande preocupação entre servidores públicos de diversas áreas.
Durante a reunião, os deputados federais Thiago Flores, Rafael Fera, Silvia Cristina e Cristiane Lopes manifestaram-se contrários à PEC 38/2025, destacando pontos considerados prejudiciais ao funcionamento do serviço público e à garantia de direitos dos servidores. As falas convergiram no sentido de que a proposta, em seu formato atual, pode comprometer a qualidade dos serviços prestados à população.
O deputado Maurício Carvalho, líder da bancada federal de Rondônia, também participou do encontro e assumiu o compromisso de aprofundar o debate. Segundo afirmou, o tema será levado ao Colégio de Líderes da Câmara dos Deputados e discutido diretamente com o relator da proposta, deputado Pedro Paulo, com o objetivo de amadurecer o texto. Carvalho reconheceu que a redação atual da PEC 38/2025 “não está adequada” e necessita de ajustes antes de qualquer avanço no Parlamento.
Representantes sindicais reforçaram que a mobilização envolve diferentes categorias do funcionalismo e não se limita a interesses corporativos. Para as entidades, a PEC 38/2025 impacta diretamente a estrutura do Estado e a prestação de serviços essenciais à sociedade, como saúde, educação, segurança e justiça.
Durante a reunião, o diretor do SINJUR, Rafael Campanha, alertou os deputados federais sobre o que chamou de “federalização do serviço público”. Em sua fala, afirmou: “Esta PEC entrega tudo ao controle da União, organiza todo o serviço público a partir da Constituição Federal e ignora as desigualdades e especificidades regionais. Os maiores prejudicados serão os municípios”.
Ao final do encontro, destacou-se a importância da atuação conjunta dos sindicatos e do diálogo institucional com os parlamentares. Segundo as lideranças presentes, a mobilização coletiva demonstra que a defesa do serviço público é uma pauta ampla, que exige unidade, solidariedade e ação coordenada entre todos os segmentos do funcionalismo, na busca por um Estado mais eficiente, justo e verdadeiramente comprometido com o interesse público.



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