Publicada em 04/12/2025 às 10h36
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reforçou sua segurança pessoal, adotando uma série de novas medidas, em meio ao aumento das ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo o jornal americano "The New York Times".
Diversas pessoas próximas ao governo venezuelano, que falaram sob condição de anonimato por medo de represálias, contaram ao jornal que uma atmosfera de tensão e preocupação toma conta do círculo íntimo do presidente.
De acordo com eles, Maduro tem tentado se proteger de um possível ataque de precisão ou de uma incursão de forças especiais mudando frequentemente o local onde dorme e também o celular que usa.
Além disso, informou uma das fontes, para reduzir o risco de traição, Maduro também ampliou o papel dos guarda-costas cubanos em sua segurança pessoal e designou mais oficiais cubanos de contraespionagem para as forças armadas da Venezuela.
O presidente venezuelano também reduziu sua participação em eventos programados e transmissões ao vivo, substituindo-os por aparições públicas espontâneas e mensagens pré-gravadas.
As medidas teriam começado a ser adotadas em setembro, quando os Estados Unidos começaram a concentrar navios de guerra e a atacar embarcações que, segundo o governo Trump, traficavam drogas da Venezuela.
Em público, no entanto, Maduro tem procurado minimizar as ameaças de Washington, transmitindo uma imagem descontraída e tranquila, comparecendo a eventos públicos sem aviso prévio, dançando e publicando vídeos de propaganda no TikTok.
O Ministério da Comunicação da Venezuela, responsável por lidar com as solicitações da imprensa em nome do governo, não comentou a reportagem.



Comentários
Seja o primeiro a comentar!