Publicada em 03/12/2025 às 15h51
Os bombeiros de Hong Kong concluíram nesta quarta-feira (3) as buscas dentro dos sete arranha-céus que foram engolidos pelas chamas de um incêndio histórico na semana passada. O número de mortos aumentou para 159 nesta quarta, segundo a polícia do território.
O governo de Hong Kong havia informado na terça que as buscas nos dois edifícios restantes, os dois mais danificados, poderia pode levar semanas. Na varredura, os bombeiros encontraram corpos de moradores do condomínio Wang Fuk Court nas escadas e próximos ao telhado.
Agora, as equipes de resgate buscarão por novos cadáveres sob os escombros, segundo a polícia. Ainda há 31 pessoas desaparecidas até a última atualização desta reportagem. Alguns dos corpos estão carbonizados e outros foram reduzidos a cinzas, segundo as autoridades.
“Queremos muito, se ainda houver corpos no local, que possamos os recuperar o mais rápido possível para que a família sobrevivente possa se despedir pela última vez”, disse o comissário de polícia Chow Yat-ming em uma coletiva de imprensa na quarta-feira.
O governo também anunciou a prisão de outras três pessoas com possíveis ligações ao incêndio, que se tornou o mais letal da história do território. Com isso, o total de presos até o momento subiu para 18.
A polícia revelou que as vítimas do incêndio tinham entre um e 97 anos, com base nos 140 corpos identificados até o momento. Desses cadáveres, 91 são mulheres e 49, homens.
Buquê de flores é colocado no local do incêndio no conjunto habitacional Wang Fuk Court, em Tai Po, Hong Kong, em homenagem às vítimas — Foto: Reuters/Tyrone Siu
O incêndio tomou o noticiário mundial na semana passada e, por conta das proporções que tomou, demorou cerca de 48 horas para ser extinto, mesmo com o trabalho contínuo dos bombeiros para combater as chamas. (Leia mais abaixo)
O chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, anunciou na terça-feira a criação de um comitê independente liderado por um juiz para investigar a causa do incêndio e as reformas que estavam sendo conduzidas nos edifícios —apontadas como responsáveis por alastrar rapidamente o fogo.
Em meio às investigações, o Departamento do Trabalho de Hong Kong disse que os moradores do condomínio de arranha-céus foram informados pela prefeitura em 2024 que havia um baixo risco de incêndio no local. O comunicado ocorreu após moradores do Wang Fuk Court terem feito reclamações e expressado preocupação sobre um risco de incêndio potencializado pela reforma.



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