Publicada em 18/11/2025 às 15h29
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (18) que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, é "incrível em termos de diretos humanos". Trata-se da primeira primeira visita do líder de fato do reino árabe a Washington desde 2018, quando o jornalista saudita Jamal Khashoggi foi assassinado dentro do consulado de seu país em Istambul.
"Temos um homem extremamente respeitado no Salão Oval hoje, e um amigo meu de longa data, um grande amigo meu", disse o republicano. "Estou muito orgulhoso do trabalho, o que ele fez é incrível em termos de direitos humanos e tudo mais."
MbS, como o príncipe herdeiro também é conhecido, foi recebido em cerimônia oficial com pompa na entrada pelo Gramado Sul da Casa Branca, com fanfarra, tapete vermelho e sobrevoo de jatos F-15, já operados pelos sauditas, e F-35, cuja venda é um dos objetivos da visita para Trump.
Estava presente o grosso do gabinete do republicano: o vice-presidente, J. D. Vance, a chefe de gabinete, Susie Wiles, e os secretários Marco Rubio (Estado), Scott Bessent (Tesouro), Pete Hegseth (Defesa) e Howard Lutnick (Comércio).
Após a cerimônia de chegada do líder saudita, emissoras locais captaram momento em que os dois caminharam em frente à exibição galeria retratos de presidentes americanos, onde Trump substituiu a foto do ex-presidente Joe Biden pela imagem de uma caneta automática. Os dois líderes se detiveram em frente à foto de Biden enquanto conversavam, distantes das câmeras.
A morte de Khashoggi transformou em um pária internacional. Relatórios de inteligência dos EUA durante o governo de Joe Biden concluíram que MbS foi o mandante do assassinato do jornalista, um crítico da monarquia saudita que escrevia para o jornal americano The Washington Post.
Reconstituições com informações e diálogos obtidos pela polícia turca indicam que Khashoggi foi sufocado e depois esquartejado depois de entrar no consulado com o intuito de obter documentos para se casar com sua noiva, Hatice Cengiz, que ficou do lado de fora do local esperando por ele.
A visita desta terça-feira parece desenhada para mostrar o novo momento da relação entre Washington e Riad -e para ignorar a morte do jornalista.
Trump e MbS terão reunião, almoço e jantar ao longo do dia. A previsão é de que o saudita tenha compromissos com o presidente americano das 11h (13h de Brasília) até se despedir, às 21h (23h de Brasília).
O republicano espera concluir negócio com o príncipe para a venda de 48 caças F-35, além de investimento de US$ 600 bilhões (R$ 3,18 trilhões) que foram prometidos a Trump durante a visita do americano à Arábia Saudita, em maio.
Esta seria a primeira venda dos caças F-35 americanos para o reino, e sua mera possibilidade já indica uma mudança significativa da política americana para o Oriente Médio e mexe com as alianças estabelecidas e a balança de poder na região.
O Exército de Israel manifestou formalmente ao governo israelense se opor à venda sob o argumento de que perderia a vantagem de ser o único país da região operando os caças avançados. Tel Aviv tem trabalhado para dificultar vendas semelhantes a outras nações da



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