Publicada em 28/11/2025 às 10h55
A Rússia saiu em defesa da China, sua aliada, ao alertar nesta quinta-feira (27) que se reserva o direito de responder "duramente" caso o Japão prossiga com seu plano de instalar mísseis em uma ilha próxima a Taiwan.
O aviso do Ministério das Relações Exteriores russo ocorreu em meio à pior crise diplomática em anos entre a China e o Japão, iniciada após uma fala da nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre Taiwan que deu a entender que a ilha estaria nos planos de segurança nacional de seu governo.
A premiê Takaichi afirmou, no início deste mês, que um ataque chinês hipotético contra Taiwan representaria uma "situação que ameaça a sobrevivência" e, por isso, poderia desencadear uma resposta militar de Tóquio. A China considerou a fala "ultrajante" e pediu que o governo japonês se retrate.
No domingo (23), o ministro da Defesa do Japão, Shinjiro Koizumi, anunciou que mobilizará uma unidade de mísseis superfície-ar de médio alcance em uma base militar em Yonaguni, uma ilha japonesa a cerca de 110 km da costa leste de Taiwan. O anúncio aprofundou ainda mais a crise com a China, que acusou Tóquio de tentativas deliberadas de “criar tensão regional e provocar um confronto militar”.
A China reivindica Taiwan —ilha separatista com governo democrático próprio— como parte de seu território e não descarta o uso da força para tomar o controle do território. Taiwan rejeita as reivindicações de Pequim e afirma que apenas seu povo pode decidir o futuro da ilha.



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