Publicada em 24/11/2025 às 10h02
EUA planejam designar como organização terrorista nesta segunda (24) o cartel de drogas venezuelano supostamente liderado por Maduro. Venezuela nega a existência do cartel e acusa os EUA de buscar uma mudança de regime com escalada militar no Caribe.
O governo da Venezuela rejeitou nesta segunda-feira (24) o que chamou de plano "ridículo" dos Estados Unidos de designar o Cartel de Los Soles como organização terrorista. O regime Maduro também voltou a negar a existência do cartel de drogas, que deve ter seu status oficial alterado por Washington nas próximas horas.
“A Venezuela rejeita categórica, firme e absolutamente a nova e ridícula fabricação do secretário do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, que designa o inexistente Cartel de Los Soles como organização terrorista”, escreveu o chanceler venezuelano Yvan Gil em seu canal no Telegram. Segundo Gil, a medida configura "clássico formato de mudança de regime" e fracassará.
O secretário Rubio disse no início deste mês que o país classificaria nesta segunda-feira o Cartel de Los Soles como uma organização terrorista estrangeira por seu suposto papel na entrada de drogas ilegais nos Estados Unidos. Segundo o governo Trump, que acusa o presidente Nicolás Maduro de liderar o cartel, a designação abriria uma série de opções contra o grupo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou anteriormente que faria ataques na Venezuela, mas também afirmou que "todas as opções" estão sobre a mesa. Trump é conhecido por mudar de opinião ou tomar ações que vão contra suas falas públicas. Funcionários do governo Trump afirmaram à agência de notícias Reuters que o país está prestes a lançar uma nova fase de operações na Venezuela. (Leia mais abaixo)
Desde setembro, os EUA aumentaram sua presença militar na área e enviaram oito navios de guerra, caças F-35 e o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, que chegou a águas do Caribe na semana passada.
A classificação, segundo Trump, daria aos EUA o poder de atacar alvos ligados a Maduro em território venezuelano. O secretário de Guera dos EUA, Pete Hegseth, disse na semana passada que a designação "traz uma série de novas opções para os Estados Unidos".
O governo Trump alega que a operação é voltada apenas a combater o narcotráfico na área. Desde o começo da ação, as forças americanas na região realizaram pelo menos 21 ataques contra supostos barcos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico, matando 83 pessoas.



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