Publicada em 18/11/2025 às 11h42
O grupo terrorista Hamas rejeitou nesta terça-feira (18) a aprovação do plano de paz na Faixa de Gaza pelo Conselho de Segurança da ONU. Já o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a aprovação do texto. Membros da extrema direita do governo de Israel, no entanto, adotaram tom crítico.
O plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para finalizar a guerra entre Israel e Hamas foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira. O texto prevê a reconstrução de Gaza, a entrada de uma força internacional de estabilização para garantir a segurança no território —devastado após o conflito—, o desarmamento do grupo terrorista Hamas e abre um possível caminho futuro para um Estado palestino independente. (Leia mais abaixo)
O Hamas afirmou que o plano adotado pelo Conselho de Segurança da ONU é enviesado para Israel e não atende aos interesses dos palestinos. Ainda na segunda-feira, o grupo terrorista havia dito que se recusa a entregar as armas.
"Essa resolução adota integralmente o lado israelense e ignora completamente o lado palestino e os interesses do povo palestino em Gaza. Netanyahu não quer continuar com o acordo de cessar-fogo, e sim impor sua visão para a Faixa de Gaza e toda a região", afirmou o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, à agência de notícias Reuters.
Netanyahu afirmou em publicações na rede social X nesta terça que "aplaude Trump e seu time devoto e incansável", voltou a mencionar o retorno dos corpos de reféns restantes que o Hamas ainda não entregou e pediu a expulsão do grupo terrorista de Gaza.
"Acreditamos que o plano do presidente Trump abrirá caminho para a paz e a prosperidade porque insiste na desmilitarização, desarmamento e desradicalização totais de Gaza", afirmou Netanyahu em publicação no X.
A Autoridade Palestina também elogiou a aprovação do plano de paz para Gaza e disse estar pronta para a imediata implementação no território —apesar de não deter o controle do território que foi palco do conflito, apenas de algumas partes da Cisjordânia.
Plano de Trump aprovado na ONU
Ataques aéreos israelenses atingem um quarteirão residencial perto da Mesquita de Al-Sousi, na Faixa de Gaza, em 29 de outubro de 2025 — Foto: Hashem Zimmo/TheNewsS2/Estadão Conteúdo
A Rússia, que havia apresentado uma resolução concorrente, absteve-se juntamente com a China na votação — no fim, foram 13 votos a favor da resolução, 0 contra e 2 abstenções, de Pequim e Moscou.
A votação foi um passo crucial para o frágil cessar-fogo e para os esforços de delinear o futuro de Gaza após dois anos de guerra entre Israel e o Hamas.
Países árabes e outros países muçulmanos que manifestaram interesse em fornecer tropas para uma força internacional sinalizaram que a autorização do Conselho de Segurança era essencial para sua participação.
A resolução dos EUA endossa o plano de cessar-fogo de 20 pontos do presidente Donald Trump, que prevê um Conselho de Paz ainda a ser estabelecido como autoridade de transição, que seria presidido por Trump.



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