Publicada em 06/11/2025 às 16h06
Caça de combate dos Estados Unidos decola, sob instrução de técnicos de voo, do porta-aviões USS Gerald Ford durante treinamento em outubro de 2025. — Foto: Zamirah Connor/Marinha dos EUA
A Marinha dos Estados Unidos publicou nesta semana novas fotos do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, que está a caminho do mar do Caribe em meio a uma campanha de pressão do governo Trump contra o regime Maduro na Venezuela.
As fotos divulgadas pelos EUA mostram manobras militares a bordo do porta-aviões, que incluem sobrevoo de aeronaves como jatos e helicópteros e exercícios de tiro com armas variadas, por exemplo. (Veja nas imagens abaixo)
Apesar de terem sido divulgadas nesta semana, as fotos foram tiradas na segunda quinzena de outubro —a mais recente delas é da última sexta (31). Isso ocorre por motivos estratégicos, porque não é interessante para países como os EUA revelar operações e localização em tempo real de seus ativos militares.
O USS Gerald Ford foi despachado pelo governo Trump ao Caribe há cerca de duas semanas, no dia 24 de outubro. O g1 apurou nesta quinta-feira que o porta-aviões já entrou no Oceano Atlântico após ter passado pelo Estreito de Gibraltar, entre a Europa e a África, entre a segunda e a terça-feira, segundo sites de monitoramento especializados.
"Operações aéreas leves a bordo do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, mantendo a eficácia em combate, a letalidade e o estado de prontidão na área de operações da 6ª Frota dos Estados Unidos", afirmou a Marinha americana em comunicado que acompanhou as fotos.
A embarcação tem velocidade máxima de cerca de 55 km/h (30 nós), então é possível que chegue à região do Caribe já neste final de semana caso não faça mais paradas no trajeto.
O envio do grupo de ataque USS Gerald Ford, que inclui três destróieres e até 90 aeronaves a bordo, constituiu uma escalada massiva da pressão do governo Trump contra o regime Maduro. Segundo especialistas consultados pelo g1, o emprego do maior porta-aviões do mundo na campanha perto da costa da Venezuela é um "sinal inequívoco" de que Trump está disposto a utilizar força militar contra Maduro.
As embarcações e aeronaves do grupo Gerald Ford se somam à já grande presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, que inclui diversos navios de guerra, jatos de combate F-35, helicópteros de operações especiais e aviões bombardeiros. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusa os EUA de buscarem tirá-lo do poder e denunciou estarem "inventando uma guerra" para justificar a ação. (Leia mais abaixo)
A investida também alimentou temores de um bombardeio direto ou de operações com soldados dentro do território venezuelano. A rede americana "CNN" afirmou em reportagem nesta quinta que o governo Trump não tem planos de ataques imediatos na Venezuela porque ainda falta justificativa legal para tal. A situação, no entanto, pode mudar conforme a situação escala.



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