Publicada em 14/11/2025 às 10h08
O Departamento de Guerra dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (13) o lançamento de uma operação militar para combater “narcoterroristas”, provavelmente na América do Sul e no Caribe. O anúncio ocorre em meio ao cerco que militares norte-americanos montaram na região contra a Venezuela.
Contexto: O secretário de Guerra, Pete Hegseth, informou que a ação foi batizada de “Lança do Sul” e será conduzida por militares do Comando Militar Sul, responsável por operações no Caribe e na América do Sul.
Segundo Hegseth, a missão tem como objetivo defender os Estados Unidos das drogas e eliminar narcoterroristas. Ele não especificou o local da ação.
Ainda não está claro se a “Lança do Sul” é uma nova operação ou a continuação de uma ação já em andamento. Em janeiro, o Comando Sul havia anunciado uma missão com o mesmo nome.
O presidente Donald Trump vem justificando as ofensivas na região afirmando que cada embarcação bombardeada “representa 25 mil vidas americanas salvas”.
Na quarta-feira (12), segundo a CBS News, o presidente recebeu opções de ações militares contra a Venezuela.
Em outubro, Trump admitiu que pretende realizar ataques terrestres contra cartéis de drogas, sem especificar quais países seriam alvo.
"Bem, não acho que vamos necessariamente pedir uma declaração de guerra. Acho que vamos apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las", disse o presidente.
🔴 No fim de agosto, os EUA enviaram navios de guerra ao Mar do Caribe, além de um submarino nuclear. Depois, caças foram deslocados para Porto Rico, território norte-americano na região.
A movimentação militar começou pouco depois de os EUA dobrarem para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
O venezuelano é acusado pelo governo americano de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente como organização terrorista internacional.
Nesse contexto, os EUA podem considerar Maduro um alvo legítimo ao anunciar ataques militares contra cartéis.
Autoridades da Casa Branca afirmaram à imprensa americana, sob condição de anonimato, que acreditam que o objetivo final da operação seria retirar Maduro do poder.
Em outubro, bombardeiros americanos foram identificados sobrevoando a Região de Informação de Voo da Venezuela — uma área muito próxima do território venezuelano.
Helicópteros militares da unidade de elite “Night Stalkers” também foram avistados na região. Em 2011, o grupo teve papel importante na ação que matou o terrorista Osama Bin Laden.
Junto a esse cerco, estão bases militares que os EUA mantêm na região, além de estruturas de segurança cooperativa instaladas em aeroportos de países parceiros — dois deles ficam a menos de 100 km da costa venezuelana.
👉 Veja no infográfico abaixo a localização das bases militares americanas no Caribe e na América Central, além das movimentações recentes de forças dos EUA na região.



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