Publicada em 25/10/2025 às 09h14
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recomendou o arquivamento da queixa-crime movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra a cantora Jojo Todynho. O parecer, encaminhado à 28ª Vara Criminal da Capital, considera que não há fundamentos jurídicos suficientes para dar continuidade ao processo.
O documento, assinado pelo promotor Carlos Gustavo Coelho de Andrade, foi divulgado nesta sexta-feira (24). Segundo o MPRJ, as declarações de Jojo durante um podcast não fazem menção direta ao PT, o que inviabiliza a acusação de difamação feita pelo partido.
A ação teve origem após a cantora afirmar que “me ofereceram R$ 1,5 milhão para fazer campanha quando Lula veio candidato a presidente; ofereceram pra várias pessoas, todos os artistas que fizeram campanha política ganharam dinheiro”. O PT alegou que a fala atingia a reputação da sigla.
De acordo com o Ministério Público, a declaração é genérica e não caracteriza ofensa direta a partidos ou pessoas específicas. O órgão também destacou que o pagamento de cachês a artistas durante campanhas políticas não é ilegal, desde que devidamente declarado.
O parecer foi emitido após uma audiência de conciliação, realizada em 18 de setembro, que terminou sem acordo. Na ocasião, Jojo recusou a proposta do partido para gravar um vídeo de retratação pública.
“O pagamento a artistas em campanhas políticas não configura, por si só, ofensa à imagem de partidos”, afirmou o promotor em sua manifestação, classificando a queixa como inepta e sem justa causa para prosseguir.
Com a recomendação de arquivamento, cabe agora à Justiça decidir se acolhe o parecer e encerra o caso. A decisão final será tomada pela 28ª Vara Criminal da Capital.
Em nota ao portal iG, o MPRJ reforçou sua posição: “A Promotoria de Justiça da 28ª Vara Criminal da Capital manifestou-se, no processo, pela rejeição da queixa-crime apresentada pelo partido contra a artista, por inépcia e ausência de justa causa. Cabe agora ao Poder Judiciário a decisão sobre a admissibilidade da queixa-crime.”



Comentários
Seja o primeiro a comentar!