Publicada em 17/10/2025 às 09h29
Em novo discurso com tom político e diplomático, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou sua defesa da soberania da Venezuela e criticou a interferência de outros países nos rumos da nação governada por Nicolás Maduro. As declarações foram dadas enquanto os Estados Unidos, sob a gestão de Donald Trump, ampliam operações militares na região.
Segundo Lula, “cada povo deve decidir o seu próprio destino”, e nenhum presidente estrangeiro tem o direito de determinar o futuro de nações como Venezuela ou Cuba. Ele ressaltou ainda que “o Brasil nunca será a Venezuela, e a Venezuela nunca será o Brasil”, destacando a importância da autodeterminação dos povos.
O pronunciamento ocorre após os EUA atacarem um barco que, segundo Trump, transportava drogas e estava ligado a redes de narcotráfico. A ação resultou na morte de seis pessoas. No dia seguinte, o republicano afirmou considerar operações terrestres contra cartéis venezuelanos e confirmou ter autorizado ações da CIA em território próximo a Caracas.
Durante o mesmo evento, Lula fez menção à antiga “onda rosa” latino-americana — período de governos de esquerda no continente — e recordou sua convivência com líderes como Hugo Chávez, Evo Morales, Néstor e Cristina Kirchner, Michelle Bachelet, Tabaré Vázquez, Pepe Mujica e Fernando Lugo. Para ele, aquele foi “o melhor momento político e social da América do Sul”.
Encerrando o discurso, Lula falou sobre política interna e indicou disposição para seguir na disputa eleitoral: “Se eu decidir ser candidato, será para vencer”, afirmou, sem descartar uma nova candidatura em 2026.



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