Publicada em 24/10/2025 às 15h25
O governo Trump sancionou nesta sexta-feira (24) o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou o Tesouro dos Estados Unidos. A sanção bloqueou bens de Petro e de seus familiares.
Em comunicado, o Tesouro americano acusou Petro de estar envolvido com o narcotráfico para justificar as sanções impostas, porém não apresentou provas para sustentar a acusação.
A sanção econômica ocorre após Petro e Trump terem trocado ofensas nos últimos dias, porque o presidente colombiano criticou publicamente os ataques dos EUA a barcos no mar do Caribe e no Oceano Pacífico. Petro acusou o presidente americano de fazer "execuções extrajudiciais". Trump, por sua vez, chamou-o de "líder narcotraficante".
Em resposta à sanção, Petro negou a acusação, disse que combate o narcotráfico há décadas e que não ficará "de joelhos".
"De fato, a ameaça de Bernie Moreno se cumpriu: eu, meus filhos e minha esposa entramos na lista OFAC. (...) Lutar contra o narcotráfico durante décadas e com eficácia me traz esta medida do governo da sociedade à qual tanto ajudamos para combater o consumo de cocaína. Toda uma paradoxa, mas nem um passo atrás e jamais de joelhos", afirmou Petro.
Um dia antes, na quinta-feira (23), Petro acusou o governo americano de estar cometendo "execuções extrajudiciais" em seus ataques no Caribe e no Oceano Pacífico.
Durante uma coletiva de imprensa em Bogotá, o líder colombiano voltou a fazer críticas ao movimento militar feito por Washington desde agosto em águas internacionais, e afirmou que os supostos traficantes de drogas deveriam ser levados à Justiça, e não assassinados.
"Nesse tipo de manobras, que acreditamos violar o direito internacional, os Estados Unidos (...) estão cometendo execuções extrajudiciais. Há um uso desproporcional da força que é punido pelo direito internacional humanitário", declarou.



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