Publicada em 24/10/2025 às 10h19
Secretário de Guerra disse que novo ataque ocorreu perto da costa da Venezuela e alvejou embarcação do cartel de drogas Tren de Arágua. Os seis tripulantes da embarcação morreram. Ofensiva foi a 8ª no mar do Caribe; outras duas ocorreram no Oceano Pacífico, perto da Colômbia.
O governo de Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (24) ter realizado outro ataque a uma embarcação na América Latina — o 10º desde que os Estados Unidos iniciaram operações na região que levantaram rumores de uma ofensiva contra o regime do venezuelano Nicolás Maduro.
Desta vez, o ataque ocorreu na madrugada desta sexta no mar do Caribe, disse o secretário de Guerra dos EUA. A ofensiva, afirmou o secretário, ocorreu em águas internacionais, mas perto da costa da Venezuela, onde a escalada das tensões com os EUA levou Maduro a pedir a Trump na quinta-feira (23), em inglês, que não inicie uma guerra (leia mais abaixo).
O secretário de Guerra (novo nome dado à pasta que comanda o Pentágono), Pete Hegeseth, afirmou que os seis tripulantes da embarcação alvejada, que ele afirmou se tratar de traficantes de drogas, morreram no ataque.
"Se você é um narcoterrorista traficando drogas em nosso hemisfério, nós o trataremos como tratamos a Al-Qaeda. Dia ou noite, mapearemos suas redes, rastrearemos seu pessoal, o caçaremos e o mataremos", declarou Hegseth.
Nesta semana, os EUA também ampliaram as operações para a região do Oceano Pacífico perto da costa norte da Colômbia (leia mais abaixo). Até agora, houve dois ataques no Pacífico, e outros oito ocorreram no mar do Caribe, caso da ofensiva anunciada nesta sexta.
Assista também no
Reproduzir vídeo
Reproduzir
00:00/03:29
Silenciar som
Minimizar vídeoTela cheia
Venezuela mobiliza militares contra possível invasão dos Estados Unidos
Na quinta-feira (23), o ministro da Defesa da Venezuela afirmou que agentes da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) já estão no país. A declaração foi dada após o presidente Donald Trump autorizar ações de Inteligência contra alvos ligados ao chavismo.
“Sabemos que a CIA está presente na Venezuela”, disse o ministro Vladimir Padrino. “Podem enviar quantas unidades quiserem em operações encobertas a partir de qualquer ponto do país. Qualquer tentativa vai fracassar.”
Os Estados Unidos enviaram navios de guerra ao Caribe como parte de uma operação antidrogas. O governo venezuelano afirma que se trata, na verdade, de um plano para derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Na semana passada, o jornal The New York Times afirmou que as ações autorizadas pela CIA por Trump podem incluir “operações letais” e outras iniciativas da inteligência americana no Caribe. Com isso, os alvos poderiam ser Maduro e integrantes do governo venezuelano.
Trump disse que autorizou operações secretas porque a Venezuela tem enviado drogas e criminosos para os Estados Unidos. No dia 15 de outubro, ao ser perguntado se agentes de inteligência teriam autoridade para eliminar o presidente venezuelano, ele preferiu não responder.
Desde o mês passado, segundo a imprensa americana, o governo Trump avalia uma operação militar que pode incluir ataques à Venezuela. Estruturas ligadas a cartéis de drogas estariam entre os possíveis alvos. Autoridades dizem que o objetivo final seria tirar Maduro do poder.
Assista também no
Reproduzir vídeo
Reproduzir
00:00/02:11
Silenciar som
Minimizar vídeoTela cheia
Depois de atacar barcos no Caribe e Pacífico, EUA anunciam ações terrestres
Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente pelo governo Trump como organização terrorista internacional.
Neste contexto, o governo americano pode considerar o presidente da Venezuela um alvo legítimo ao anunciar ataques contra cartéis.
Nesta quinta-feira (23), Trump afirmou que os Estados Unidos devem realizar ações militares em terra contra cartéis. Ele não citou diretamente a Venezuela. Ele disse ainda que não precisará pedir ao Congresso uma declaração de guerra.
"Acho que vamos apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las."
Já o secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou que os militares americanos irão caçar e matar todos os “terroristas” que traficam drogas para os Estados Unidos.
"Estas são organizações terroristas estrangeiras designadas. São o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental. Nossa mensagem para essas organizações terroristas estrangeiras é: trataremos vocês como tratamos a Al-Qaeda."



Comentários
Seja o primeiro a comentar!