Publicada em 16/10/2025 às 15h11
A China rebateu nesta quinta-feira (16) as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pressionou o país a interromper a importação de petróleo russo. Em resposta, o governo chinês classificou o comércio energético com Moscou como “legítimo e normal”, acusando Washington de “intimidação unilateral e coerção econômica”.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian (foto), afirmou que Pequim mantém “cooperação econômica, comercial e energética normal com diversos países do mundo, incluindo a Rússia”. Segundo ele, as críticas americanas violam princípios básicos do comércio internacional e buscam impor sanções de forma extraterritorial.
As declarações ocorrem após Trump afirmar, na quarta-feira (15), que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, teria prometido suspender a compra de petróleo russo como forma de pressionar Moscou pela guerra na Ucrânia. “Agora preciso convencer a China a fazer o mesmo”, disse o presidente americano. A Índia, no entanto, não confirmou o compromisso mencionado.
Em tom contundente, Lin Jian acusou os Estados Unidos de usar medidas econômicas como instrumento de pressão política. “Essas ações prejudicam gravemente as normas do comércio internacional e representam uma tentativa de intimidação”, declarou.
Embora Pequim afirme manter neutralidade em relação ao conflito no leste europeu, Ucrânia e aliados ocidentais acusam a China de fornecer apoio econômico e diplomático à Rússia desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.
O episódio reacende as tensões entre as duas maiores potências do mundo, especialmente no campo energético e geopolítico, num momento em que a guerra na Ucrânia segue sem perspectivas de solução e Moscou busca apoio econômico alternativo para contornar sanções ocidentais.



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